Quais efeitos o planeta enfrentará no caso de uma guerra nuclear?

A tensão de uma guerra voltou a sondar o planeta nas últimas semanas, com a invasão russa ao território ucraniano. Com isso, um pensamento permeia as conversas de quem busca se antenar nas notícias: qual seria o impacto de uma possível guerra nuclear?

Desde a Guerra Fria, o medo de uma possível Guerra Nuclear toma conta dos debates quando temos tensões entre grandes potências. Novamente a tensão cresce entre Estados Unidos e Rússia, levantando a reflexão do que poderia acontecer com o planeta caso um novo conflito desse tipo tivesse início.

Com tais pensamentos em destaques, um grupo de especialistas analisou o cenário hipotético de uma batalha nuclear. Desde probabilidades ao movimento final da raça humana, os especialistas simularam os conflitos nucleares e seus desdobramentos em diversos cenários. O grupo do projeto de simulação “Plano A” faz parte de um foco de estudo da Universidade de Princeton, dos Estados Unidos.

Vítimas da Guerra Nuclear

A primeira previsão é dos números de mortos pelas bombas. A estimativa é de que cerca de 34 milhões de pessoas sejam mortas. O número de feridos ultrapassaria os 57 milhões, completando a lista dos afetados diretamente pelos ataques explosivos.

O cálculo foi feito a partir de um míssil nuclear de “advertência” na Europa. Tendo esse cenário a vista, outras ogivas seriam disparadas em bases e tropas inimigas.

Um ataque de 45 minutos, contendo de 5 a 10 ogivas, pode matar cerca de 3,4 milhões de pessoas. Com uma multiplicação no número de ataques, o valor das mortes pode chegar a dez vezes esse total de forma rápida.

O número estimado de 90 milhões de afetados pode ser ainda maior se levarmos em consideração a morte pelos efeitos da radiação e os doentes que viriam com a presença da radiação no ar.

Cálculos do fim do mundo

Os especialistas de Princeton apostaram na realização de simulações com cálculos considerados “razoáveis”. A explicação dada pelo grupo é de que a simulação levou em consideração os objetivos militares e políticos de Estados Unidos e Rússia.

O poder de destruição das armas também foi levado em consideração. O número de mortos teve como base uma ferramenta de “alta precisão” chamada NukeMap, de acordo com professora Erika Simpson, da Universidade Western.

Outro grupo de especialistas, que também comentaram a simulação, considerou os dados como “informação vital para o público”. Segundo Dinshaw Mistry, especialista da Universidade de Cincinnati, os exercícios como os dessa simulação ajudam nas reflexões sobre os efeitos de uma guerra nuclear no planeta.

Limitações nas pesquisas

Mesmo com uma simulação sendo feita, os especialistas do projeto também alertaram para as limitações que a própria simulação sofre. A maior limitação se deve ao fato de que seria menos provável uma guerra nuclear de proporções gigantescas.

Segundo os pesquisadores, é mais normal visualizar um efeito em pequena escala, levando em consideração a etapa inicial do conflito. Outro fato alertado pelos especialistas é o controle de conflitos e a contenção de danos.

“Seria útil acrescentar à simulação mais informações e ações que poderiam ser adotadas para reduzir o perigo”, explicou Matthew Bunn, professor da Universidade de Harvard.

Um inverno nuclear

Outro estudo, dessa vez do Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas, da Universidade Rutgers e da Universidade do Colorado, também apresentou simulações sobre uma guerra nuclear.

Considerando as armar nucleares de Estados Unidos e Rússia, uma nuvem de detrimentos poderia cobrir o hemisfério norte em cerca de uma semana. O hemisfério sul ficaria a salvo por duas semanas, que seria o prazo de alcance da nuvem de fumo e fuligens.

O destaque enfatizado pelos pesquisadores fica para o clima. Nuvens de fuligem e fumo seriam responsáveis por provocar uma redução global de 30% nos primeiros meses. A falta de iluminação solar faria com que a temperatura do planeta caia por volta de 9°C.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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