Québec tem 300% de busca de vacina após proibição de álcool e maconha a não vacinados

A província de Québec, segunda mais populosa do Canadá e a que registra mais casos da variante ômicron do país, registrou um aumento de 300% na procura por vacinas contra a Covid-19 depois de determina que apenas os imunizados poderão comprar bebidas alcoólicas ou maconha.

A restrição foi anunciada pelo ministro da Saúde local, Christian Dubé, na semana passada e só começa a valer a partir da próxima terça-feira (18). Mas, segundo ele, após o anúncio o número de agendamentos diários para a primeira dose do imunizante já salto de 1.500 para 6.000.

Dubé afirmou que o obstáculo para compra de álcool e maconha – legalizada para uso recreativo no Canadá em 2018 – não tem a intenção de irritar a população não vacinada, como o presidente Emmanuel Macron declarou a algumas semanas sobre o projeto de passaporte vacinal na França.

De acordo com o ministro, ”seria bom” incomodar os que se recusam a receber a vacina, mas seu objetivo é reduzir o contato da parcela da população imunizada, proteger o sistema de saúde e proteger os não vacinados uns dos outros.

“Este é um primeiro passo que estamos dando. Se os não vacinados não estiverem satisfeitos, há uma solução muito simples: vão tomar a sua primeira dose, é fácil e de graça”, disse Dubé. “Se você não quer se vacinar, não saia de casa.”

O ministro ainda indicou no anúncio que outros estabelecimentos passarão a exigir o certificado de vacina, mas há outras restrições já em vigor.

Grandes números de internações 

No fim de dezembro, a província impôs toque de recolher entre as 22h e 5h, proibiu as reuniões privadas sob pena de multa e determinou o fechamento de escola, universidades, cinemas, bares, restaurantes e clubes esportivos.

Segundo dados do governo, 84,9% da população de Québec já está vacinada com a primeira dose. Embora os não vacinados representem menos de um quinto dos 8,5 milhões de habitantes, eles são metades dos pacientes em terapia intensiva.

Porém, o número de internações está em alta. Um balanço recente apontou que 2.742 pacientes hospitalizados com Covid, dos quais 255 estão em leitos de UTI. Além disso, a província tem sofrido com a falta de profissionais de saúde, visto que muitos deles estão afastados por terem sido contaminados.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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