Queda de aeronave sobre carro e moto em rodovia mata dez na Malásia

A queda de uma aeronave, em plena rodovia, provocou a morte de dez pessoas, nesta quinta-feira, 17, nos arredores de Kuala Lumpur, capital da Malásia.

O acidente ocorreu às 14h do horário local (3h no horário de Brasília). Ao todo, oito pessoas estavam na aeronave de pequeno porte, de modelo Beechcraft Premier 1, que atingiu um carro e uma moto.

O voo partiu da ilha turística de Langkawi e estava a caminho do aeroporto Sultan Abdul Aziz Shah, em Selangor, perto da capital Kuala Lumpur. O avião perdeu contato com a torre de controle de tráfego aéreo e colidiu com os veículos.

“Não houve chamada de emergência. A aeronave recebeu autorização para pousar”, disse o chefe de polícia de Selangor, Hussein Omar Khan. Até a última atualização desta reportagem as causas do acidente ainda não haviam sido explicadas.

A autoridade de aviação civil do país (CAAM) disse que que o voo foi operado pela Jet Valet Sdn Bhd, uma empresa malaia de serviços de jatos particulares. Em comunicado à rede americana CNN, a CAAM informou que o primeiro contato feito pela aeronave com a Torre de Controle de Tráfego Aéreo de Subang foi às 14h47 (3h47 em Brasília) e a autorização de pouso foi dada às 14h48.

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de prisão contra Netanyahu e líder do Hamas por crimes de guerra

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu, nesta quinta-feira, 21, mandados de prisão internacional para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e o líder do Hamas, Mohammed Deif, por supostos crimes de guerra e contra a humanidade.
 
Os mandados foram expedidos após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado a prisão deles em maio, citando crimes relacionados aos ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 e à resposta militar israelense em Gaza. O TPI afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu e Gallant têm responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
 
Netanyahu e Gallant são acusados de terem privado intencionalmente a população civil de Gaza de bens essenciais à sua sobrevivência, como alimentos, água, medicamentos, combustível e eletricidade, entre outubro de 2023 e maio de 2024. Essas ações resultaram em consequências graves, incluindo a morte de civis, especialmente crianças, devido à desnutrição e desidratação.
 
Mohammed Deif, líder militar do Hamas, também foi alvo de um mandado de prisão. O TPI encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Deif é responsável por “crimes contra a humanidade, incluindo assassinato, extermínio, tortura, estupro e outras formas de violência sexual, bem como crimes de guerra de assassinato, tratamento cruel, tortura, tomada de reféns, ultrajes à dignidade pessoal, estupro e outras formas de violência sexual”.
 
Os mandados de prisão foram emitidos para todos os 124 países signatários do TPI, incluindo o Brasil, o que significa que os governos desses países se comprometem a cumprir a sentença e prender qualquer um dos condenados caso eles entrem em territórios nacionais.
O governo israelense rejeitou a decisão do TPI, questionando a jurisdição do tribunal sobre o caso. No entanto, os juízes rejeitaram o recurso por unanimidade e emitiram os mandados. O gabinete de Netanyahu classificou a sentença de “antissemita” e “mentiras absurdas”, enquanto o líder da oposição, Yair Lapid, a chamou de “uma recompensa ao terrorismo”. O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett também criticou a decisão, considerando-a uma “vergonha” para o TPI.
O conflito na Faixa de Gaza, que se arrasta há mais de um ano, deixou milhares de mortos e devastou a região. A decisão do TPI simboliza um avanço na responsabilização por crimes graves, embora sua eficácia prática seja limitada, dado que Israel e os Estados Unidos não são membros do TPI e não reconhecem sua jurisdição.

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