Queda de ponte entre Tocantins e Maranhão: buscas seguem por três desaparecidos

Queda de ponte entre Tocantins e Maranhão completa duas semanas e três pessoas
continuam desaparecidas em rio 

Os corpos de 14 pessoas foram localizados e apenas um homem sobreviveu à
tragédia na BR-226. Buscas seguem com equipamentos tecnológicos e mergulhadores.

As buscas pelas vítimas após a queda da ponte de Estreito, entre o TO e o MA, completaram duas semanas neste domingo (5). São 14 dias de luto para as famílias de 14 vítimas localizadas e angústias aos parentes de três pessoas que ainda estão desaparecidas nas águas do Rio Tocantins.

O desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga os estados do
Tocantins e do Maranhão, completou duas semanas neste domingo (5). Era pouco antes das 15h quando o vão central da estrutura, que tinha mais de 60 anos, se rompeu levando junto aos escombros dez veículos e seus ocupantes. Ao todo, 18 pessoas foram vítimas do colapso da ponte, sendo que apenas um homem conseguiu sobreviver.

Antes da ponte cair, moradores dos dois estados já alertavam as autoridades
sobre a situação da estrutura. A queda aconteceu no exato momento que o vereador
de Aguiarnópolis, Elias Júnior (Republicanos), filmava o local para denunciar os
problemas da ponte que ligava a cidade a Estreito, no Maranhão.

Ela servia de travessia entre os estados e para atender o corredor
Belém-Brasília desde a década de 1960, quando foi inaugurada. Segundo documentos de inspeção feita em 2019 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), houve uma recuperação estrutural entre os anos de 1998 e 2000, mas passados mais de 20 anos, ainda havia muito o que fazer para torná-la segura. A Polícia Federal e órgãos ministeriais estão apurando as causas do desmoronamento.

Ao longo das últimas duas semanas, os trabalhos da Marinha do Brasil, Corpo de
Bombeiros Militar, Defesa Civil, polícias Civil e Militar dos dois estados e
outros órgãos se concentraram no resgate às vítimas que afundaram junto com os
veículos. Para isso, foi preciso empregar o trabalho de mergulhadores e equipamentos de última geração para analisar a situação dos veículos que caíram no Rio
Tocantins. Ao todo, são quatro caminhões, duas caminhonetes, um carro e três
motos.

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Feminicídio no Maranhão: Francinete é encontrada morta, principal suspeito é o companheiro. A importância da denúncia e prevenção.

No Maranhão, o primeiro caso de feminicídio em 2025 foi registrado, com Francinete de Souza da Silva, de 31 anos, sendo encontrada morta na casa que dividia com seu companheiro no bairro São Raimundo, em São José de Ribamar. Segundo o Departamento de Feminicídio da Superintendência Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (SHPP), o principal suspeito do crime é o companheiro da vítima, Albertini Santos Galvão, com quem Francinete mantinha um relacionamento há seis meses.

Em entrevista à TV Mirante, a delegada Wanda Moura, chefe do Departamento de Feminicídio do Maranhão, destacou que o relacionamento entre Francinete e o suspeito era abusivo. Com relatos da família indicando que o agressor isolava a vítima de seus contatos familiares e amigos, a delegada ressaltou a importância de denunciar casos de violência contra a mulher para interromper o ciclo de violência.

Após o feminicídio, Albertini fugiu levando o dinheiro do seguro-desemprego de Francinete e seu celular. O Departamento de Feminicídio pretende solicitar a prisão do suspeito, que agora está foragido. Além desse trágico evento, outras três tentativas de feminicídio foram registradas no Maranhão, evidenciando a gravidade da violência contra a mulher no estado.

O Maranhão contabilizou 69 casos de feminicídio em 2024, sendo um dos estados com números alarmantes nesse tipo de crime. A criação do Departamento de Feminicídio há oito anos foi um passo importante para combater essa realidade, porém, ainda é preciso trabalhar na prevenção e proteção das mulheres vítimas de violência doméstica.

Diante desse cenário, a delegada Wanda Moura enfatiza a importância de buscar ajuda e denunciar qualquer forma de violência doméstica contra a mulher. A solicitação de medidas protetivas e a intervenção estatal são fundamentais para interromper o ciclo de violência e evitar tragédias como a de Francinete. É preciso conscientizar a sociedade sobre a gravidade do feminicídio e promover ações de prevenção e proteção para as mulheres em situação de vulnerabilidade.

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