Queda de R$ 3,27 no preço do botijão de gás não chegou a Goiás

Os estabelecimentos comerciais precisam ter como a principal atividade econômica a venda do gás

A redução de R$ 3,27 no preço do botijão do gás de cozinha, que começou a valer no último sábado (9), após anúncio da Petrobras, não chegou aos consumidores goianos. Segundo o Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), isso acontece porque apenas uma companhia reduziu o valor total estipulado pela Petrobras. A entidade planeja denunciar a situação, caso o preço não seja reajustado até quarta-feira (13).

Segundo o presidente do Sinergás, Zenildo Dias do Vale, cinco distribuidoras reduziram menos que o estipulado. Os valores variam entre R$ 2,5 e R$ 3,1, de acordo com ele. Vale explica que não é possível que as revendedoras diminuam o preço para os consumidores antes que esta redução seja colocada em prática por todas as companhias distribuidoras.

“Até as companhias não repassarem tudo certinho, não vamos diminuir os preços para o consumidor. Estamos aguardando até amanhã para ver. Vamos denunciar à Polícia Federal e à Procuradoria Geral da União”.

Procurado pelo Diário do Estado, o órgão que representa as distribuidoras, Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liqüefeito de Petróleo (Sindigás), afirmou que os preços do GLP, usado no gás de cozinha, são livres e estão sujeitos à variação do mercado. A entidade disse ainda que as empresas não informam sobre aumento ou queda de preços e que não é possível prever os valores.

Crise entre distribuidoras de gás de cozinha

De acordo com o presidente do Sinergás, até a segunda metade de maio, 10% das revendedoras de gás goianas devem fechar as portas por conta do aumento de preços, que dificulta a operação.

Em 2021 e neste ano, até agora, 200 fecharam. Podemos dizer que outras 50 estão internadas na UTI”, comenta. O botijão de gás chega a custar R$ 140 em algumas revendedoras.

Confira a nota do Sindigás na íntegra:

“O Sindigás esclarece que os preços do GLP são livres em todos os elos da cadeia e suscetíveis às variações do mercado. As distribuidoras associadas não reportam ao Sindigás qualquer aumento ou baixa de preço e não há como fazer uma previsão ao consumidor.

A escalada de preços, desde o início de 2020, vem reforçando a necessidade de ampliação do acesso ao botijão de gás aos mais vulneráveis. Programas sociais como o Auxílio Gás representam um importante caminho, mas os mecanismos de destinação dos recursos precisam ser aprimorados para evitar desvios de finalidade.

O Sindigás recomenda aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência”.

 

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