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Quedas de altura aumentam 51% em Goiás; idosos são principais vítimas

Última atualização 27/07/2022 | 12:31

O número de quedas de altura em Goiás está passando por uma onda crescente. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, o índice de quedas aumentou neste ano em mais de 51% em relação ao mesmo período do ano passado. As maiores vítimas são idosos e pessoas despreparadas para exercer funções específicas de manutenção.

As quedas de altura em Goiás

No ano passado, em Goiás, houve o registro de 8.582 quedas de altura durante a totalidade de 2021. Entre janeiro e junho, foram 3.618 casos. Em 2022, no mesmo período dos seis primeiros meses, foram 5.495 acidentes até o momento. Portanto, um aumento parcial de 51,87%.

Diário do Estado entrou em contato com o capitão do Corpo de Bombeiros do Estado de Goiás, Vitor Eustáquio de Oliveira Cardoso, que explicou como essas quedas podem ser multifatoriais. No entanto, uma parcela da população acaba tendo um número mais recorrente de casos.

“Uma ocorrência com alto índice é de pessoas idosas, que estão em suas residências e resolvem fazer uma atividade que foge da normalidade. A pessoa pode ter um mal súbito, tropeçar na própria cadeira, na escada ao fazer algum tipo de limpeza ou ao pegar algum objeto”, declara.

Segundo ele, idosos requerem uma atenção especial, pois têm mais tendência de sofrer acidentes gravíssimos e com um alto índice de fatalidades na própria casa. Isso ocorre principalmente por falta de suporte de familiares, o que ajudaria a amenizar o número de acidentes.

“Prevenção dá muito mais certo. Os transtornos são menores, com certeza é o melhor caminho”, reforça o capitão.

Além dos acidentes com idosos

No entanto, idosos não são as únicas potenciais vítimas de quedas de altura em Goiás. Pessoas que tentam executar algum tipo de manutenção sem os devidos equipamentos também são grande parte desse índice. Qualquer atividade acima de dois metros exige uma atenção particular, com equipamento adequado. Nem sempre, é o que acontece.

“Com a pandemia, as pessoas ficaram mais dentro de casa, e muitos começaram a pensar: ‘isso aqui não está bom’. Ao tentar resolver aquilo, acabam se machucando”, comenta Vitor. De acordo com ele, o consumo de bebida alcoólica ou de algo que afeta os sentidos também são agravantes.

O bombeiro conclui que toda e qualquer pessoa que for executar algum tipo de atividade de altura precisa estar bem física e psicologicamente, além de precisar de um treinamento profissional. Em caso de acidentes, o indicado é sempre buscar a ajuda do Corpo de Bombeiros por meio do telefone 193, até para agravar possíveis lesões.