Quem é o vereador que jogou mais de R$ 200 mil fora antes de ser preso pela PF

Vereador Joga R$ 220 Mil Pela Janela Antes da Prisão

Na manhã de 10 de dezembro, o vereador Francisco Nascimento, de Campo Formoso (BA), foi preso pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Overclean. Antes de ser detido, Nascimento tentou se livrar de uma sacola contendo mais de R$ 220 mil em espécie, jogando-a pela janela de sua residência. No entanto, a ação não foi suficiente para evitar a apreensão do dinheiro pela PF.

Francisco Nascimento, primo do deputado federal Elmar Nascimento (União-BA), é suspeito de participar de um esquema de desvio de verbas de emendas parlamentares através do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). A operação, realizada em parceria com a Receita Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério Público Federal (MPF), também contou com o apoio da Agência Americana de Investigações de Segurança Interna (Homeland Security Investigations – HSI).

As investigações indicam que o grupo suspeito direcionou recursos públicos de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos ligados a administrações municipais, por meio de superfaturamento em obras e desvio de recursos. A operação resultou em 17 mandados de prisão preventiva, com pelo menos 15 cumpridos, e 43 mandados de busca e apreensão.

Além do dinheiro encontrado com Nascimento, outro alvo da operação, Flavio Henrique Lacerda Pimenta, teve R$ 700 mil em espécie apreendidos. A PF também apreendeu joias com a simbologia do Senhor do Bonfim, relógios de luxo e mais uma quantia de dinheiro em espécie.

A organização criminosa é suspeita de ter movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão, incluindo R$ 825 milhões em contratos firmados com órgãos públicos apenas em 2024. O grupo realizava a lavagem de dinheiro de forma sofisticada, utilizando empresas de fachada controladas por laranjas e grande fluxo de dinheiro em espécie para mascarar a origem dos recursos desviados.

A atuação do grupo envolvia operadores centrais e regionais que cooptavam servidores públicos para obter vantagens ilícitas, tanto no direcionamento quanto na execução de contratos. Após a celebração dos contratos fraudulentos, as empresas envolvidas superfaturavam valores e aplicavam sobrepreços, repassando propinas por meio de empresas de fachada ou métodos que ocultavam a origem dos recursos.

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Gabinete do Presidente da Coreia do Sul é alvo de operação envolvendo lei marcial; dois chefes da polícia são presos

Investigação Criminal: Yoon Suk Yeol e a Lei Marcial na Coreia do Sul

O gabinete do presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi alvo de uma operação policial nesta quarta-feira, conforme informou a Reuters, baseada na agência de notícias sul-coreana Yonhap. Yoon Suk Yeol está sendo investigado criminalmente por insurreição devido à imposição de uma lei marcial que restringiu direitos civis por cerca de seis horas.

O presidente Yoon Suk Yeol não foi preso ou interrogado pelas autoridades, mas pediu desculpas e justificou a medida por desespero. Além disso, os dois mais altos oficiais da polícia da Coreia do Sul foram detidos para investigação sobre seus papéis na execução do decreto de lei marcial. O Comissário Geral da Agência Nacional de Polícia, Cho Ji Ho, e Kim Bong-sik, chefe da agência policial metropolitana de Seul, estão sendo mantidos na estação de polícia de Namdaemun, na capital.

Eles estão sendo investigados por seus papéis no envio de forças policiais para a Assembleia Nacional, numa tentativa de impedir que os parlamentares entrassem no parlamento para votar pela revogação do decreto de lei marcial de Yoon, anunciado de forma repentina na noite de 3 de dezembro. A Assembleia também foi cercada por tropas fortemente armadas, sob ordens do ex-ministro da Defesa, Kim Yong-yun, que está preso.

Kim Yong-yun tentou tirar a própria vida no centro de detenção, mas não conseguiu e está em condições estáveis. Parlamentares conseguiram entrar no parlamento e rejeitaram unanimemente o decreto de Yoon, forçando o gabinete a revogá-lo antes do amanhecer de 4 de dezembro.

A tentativa de Yoon de ampliar seus poderes paralisou a política da Coreia do Sul, congelou a política externa e abalou os mercados financeiros, reduzindo drasticamente suas chances de concluir o mandato de cinco anos. Nesta quarta-feira, o Partido Democrático, principal sigla de oposição liberal, submeteu uma nova moção de impeachment contra Yoon.

No sábado (7), a primeira tentativa de impeachment falhou após o partido governista boicotar a votação. O Partido Democrático afirmou que pretende colocar a nova moção em votação no sábado (14). Após a falha da moção de impeachment na semana passada, o líder do partido conservador de Yoon prometeu organizar sua saída estável do poder, dizendo que Yoon seria afastado de suas funções durante a transição para uma eleição antecipada.

No entanto, os planos foram apontados como irrealistas e inconstitucionais. A constituição afirma explicitamente que o impeachment é o único método para suspender os poderes presidenciais e que a autoridade para comandar o exército reside exclusivamente no presidente. O Ministério da Justiça proibiu Yoon e oito pessoas de saírem do país, considerando-os suspeitos no caso da lei marcial. É a primeira vez que um presidente em exercício na Coreia do Sul é alvo de uma proibição de viajar.

Os procuradores têm até 20 dias para decidir se acusam Yoon ou não. A condenação por rebelião implica uma pena máxima de morte.

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