O rapper Oruam, cujo nome verdadeiro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, tem sido o centro das atenções devido a um projeto de lei que busca proibir a apologia ao crime em eventos públicos. Este projeto, conhecido como ‘Lei Anti-Oruam’, foi apresentado pela vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) na Câmara Municipal de São Paulo e tem gerado grande debate no meio artístico e político.
Oruam, de 23 anos, é filho de Marcinho VP, um dos líderes do Comando Vermelho, preso desde 1996. Ele ganhou destaque no cenário musical em 2021 e foi uma das atrações do Lollapalooza 2024. Durante seu show, Oruam pediu a liberdade do pai, o que gerou controvérsia.
A proposta da vereadora Vettorazzo visa impedir que artistas cujas letras abordem temas relacionados ao crime organizado e ao consumo de drogas se apresentem em eventos financiados pelo poder público. O projeto também foi apresentado na Câmara dos Deputados pelo deputado Kim Kataguiri (União Brasil), que argumenta que a contratação de eventos que promovem práticas ilícitas contraria princípios constitucionais de moralidade e legalidade.
Oruam se manifestou sobre o projeto nas redes sociais, afirmando que ele se tornou uma pauta política e que a lei não ataca apenas a ele, mas a todos os artistas da cena. Críticos da iniciativa argumentam que a proposta viola a liberdade de expressão e pode abrir um precedente para a censura cultural.