Os prazos determinados pleo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinam que os partidos devem realizar entre os dias 20 de julho e 5 de agosto as convenções para escolha dos candidatos a presidente e vice-presidente, governador e vice-governador, senador e respectivos suplentes, deputado federal e deputado estadual.
Os pedidos de candidatura devem ser enviados para a Justiça Eleitoral até o dia 15 de agosto. Os requerimentos serão julgados até o dia 17 de setembro.
Segundo levantamento atual do Estadão esses são os possíveis candidatos a presidência:
Lula (PT)
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso pela Operação Lava Jato, segue apontado pelos líderes do PT como o único nome do partido para a disputa eleitoral. O petista está virtualmente inelegível pela Lei da Ficha Limpa, mas só pode ter a candidatura oficialmente negada após o registro da mesma na Justiça Eleitoral, o que deve acontecer até 15 de agosto. Na última pesquisa presidencial do Datafolha, realizada após sua prisão, Lula perdeu pontos, mas ainda lidera as intenções de voto para presidente do Brasil.
Jair Bolsonaro (PSL)
No sétimo mandato como deputado federal, Jair Bolsonaro é um dos nomes mais fortes entre os pré-candidatos à Presidência. O capitão da reserva do Exército figura em segundo lugar nos cenários com Lula e lidera as intenções de voto sem o petista na maior parte das pesquisas presidenciais até o momento. O escolhido do PSL, no entanto, pode enfrentar problemas na Justiça: o parlamentar foi denunciado ao STF pela PGR por racismo praticado contra quilombolas, indígenas, refugiados, mulheres e LGBTs.
Marina Silva (Rede)
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente é nome praticamente certo entre os candidatos à Presidência. Terceira colocada em 2014, quando recebeu cerca de 20 milhões de votos, Marina Silva também ocupa a terceira posição nas pesquisas para as eleições 2018. A fundadora do partido Rede Sustentabilidade ainda é apontada como uma provável “herdeira” de parte dos votos de Lula, se a candidatura do petista não for autorizada pela Justiça Eleitoral.
Ciro Gomes (PDT)
O ex-governador do Ceará é outro dos prováveis candidatos que pode ver seu eleitorado crescer com o impedimento de Lula. A expectativa do PDT é que Ciro Gomes também herde votos do petista, principalmente no Nordeste. Atualmente filiado ao sétimo partido de sua carreira, já foi ministro da Fazenda nos governos de Itamar Franco e FHC, ministro da Integração Nacional de Lula e disputou a Presidência da República em 1998 e 2002.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Após vencer a disputa interna dentro do PSDB, Geraldo Alckmin deixou o Governo de São Paulo no início de abril para se dedicar à disputa presidencial. As pesquisas de intenção de voto, no entanto, ainda não empolgam os tucanos. No Datafolha mais recente, Alckmin registrou 8% no melhor dos cenários. O levantamento ainda apontou o que pode ser outro problema: o ex-governador tem apenas 36% da aprovação do eleitorado paulista. O número é pouco mais da metade dos 66% de aprovação em 2006, quando Alckmin também disputou a Presidência.
Aldo Rebelo (SD)
A chegada de Joaquim Barbosa ao PSB pode não se concretizar na candidatura do jurista, mas já gerou um novo nome na disputa para o Planalto. Aldo Rebelo deixou a sigla logo depois da filiação do ex-ministro do Supremo, entrou para o Solidariedade e já foi oficializado como pré-candidato à Presidência da República pelo novo partido.
Manuela D’Ávila (PCdoB)
O PCdoB oficializou, em novembro do ano passado, a deputada estadual gaúcha Manuela D’Ávila como a pré-candidata do partido à Presidência. Apoiador do PT em todas as eleições desde a redemocratização, esta é a primeira vez que o partido lança candidato próprio desde o fim do regime militar. Segundo a sigla, a iniciativa não significa uma ruptura com os petistas. A própria Manuela é uma das principais vozes políticas em defesa do ex-presidente Lula atualmente.
Guilherme Boulos (PSOL)
Também integrante da linha de frente contrária à prisão de Lula, Guilherme Boulos é o pré-candidato do PSOL para a eleição presidencial. Apesar da atuação em defesa do petista, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) já declarou em entrevista ao Estado que não acredita em uma eventual “união da esquerda” em torno de um só candidato no primeiro turno das eleições 2018.
Álvaro Dias (PODEMOS)
O político do Paraná, que já foi do PSDB e recentemente estava filiado ao Partido Verde (PV), é o pré-candidato do Podemos para o Planalto. A ideia da nova sigla (antigo Partido Trabalhista Nacional) não é ser um partido de oposição, mas “independente”. Segundo Álvaro Dias , o partido lutará por causas específicas, mas não terá uma bandeira definida.
Rodrigo Maia (DEM)
Com números tímidos de intenção de voto nas pesquisas eleitorais, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia é o pré-candidato do DEM para presidente do Brasil. No quinto mandato consecutivo como deputado federal, Maia tenta se viabilizar como um nome de centro e uma alternativa à polarização entre PT e PSDB.
Josué Gomes (PR)
Dono da Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar, Josué Gomes deixou o MDB em abril para se filiar ao PR. No final de maio, o empresário se colocou a disposição do novo partido para ser candidato nas eleições 2018, mas afirmou que uma eventual candidatura tem de surgir de forma “natural”.
Josué Gomes também é cogitado como vice em chapas encabeçadas por nomes de outros partidos. O empresário já elogiou as pré-candidaturas de Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e Flávio Rocha. Outra possibilidade é compor a chapa do pré-candidato do PDT, Ciro Gomes. Até o momento, a única aliança descartada pelo empresário é com o deputado federal Jair Bolsonaro.
João Amoêdo (Novo)
O empresário João Amoêdo é o pré-candidato do Partido Novo para a Presidência da República. Com passagens por Unibanco e Itaú-BBA, Amoêdo defende a imediata privatização das empresas estatais brasileiras, mas rejeita o rótulo de “candidato do mercado financeiro”.
Flávio Rocha (PRB)
Dono das lojas Riachuelo, Flávio Rocha é pré-candidato pelo PRB e se apresenta como um liberal na economia, reformista, privatista e conservador nos costumes. Com uma fortuna avaliada em US$ 1,3 bilhão, o empresário já figurou na revista Forbes como o 39.º homem mais rico do Brasil.
Henrique Meirelles (MDB)
O ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles é o pré-candidato do MDB para a corrida presidencial. As especulações que cogitavam a possibilidade de candidatura de Michel Temer foram afastadas depois que o atual presidente anunciou em discurso que desistiu de disputar um novo mandato. Para se tornar efetivamente candidato, Meirelles ainda terá de ser aprovado pela convenção do MDB, que será realizada em julho.
Fernando Collor (PTC)
Eleito presidente em 1989, o senador Fernando Collor é um dos pré-candidatos para as eleições 2018. No discurso realizado no Congresso Nacional para anunciar sua intenção de voltar ao Planalto, Collor disse ter a “experiência, a coragem, o equilíbrio e maturidade” necessárias para comandar o País. A candidatura, no entanto, também é interpretada como uma estratégia para garantir a sobrevivência de seu partido, o nanico PTC.
Paulo Rabello de Castro (PSC)
Ex-presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro deixou o cargo para ser candidato à Presidência. O executivo era filiado ao Partido Novo, mas deixou a sigla em outubro para se integrar ao PSC. Com carreira no mercado financeira, Castro é um dos nomes mais desconhecidos na atual lista de candidatos.
Levy Fidelix (PRTB)
Candidato a presidente do Brasil em 2010 e 2014, Levy Fidelix deverá ser novamente o representante do PRTB na corrida presidencial das eleições 2018. No último pleito, Fidelix recebeu 446.708 votos, o equivalente a 0,46% do eleitorado brasileiro. Entre as principais propostas do pré-candidato estão a isenção de impostos para medicamentos e itens da cesta básica, a flexibilização do Estatuto do Desarmamento e a criação de “navios-presídios”.
PSB
O ex-presidente do STF Joaquim Barbosa se filiou ao PSB dentro do prazo legal exigido pela Justiça Eleitoral e criou muita expectativa sobre sua participação nas eleições 2018. No entanto, depois de algum suspense, anunciou que não será candidato a presidente. O partido deverá discutir agora se lançará ou não uma candidatura própria. Enquanto o vice-presidente de Relações Governamentais Beto Albuquerque defende que o PSB tenha um nome próprio para o Planalto, o governador de São Paulo Márcio França acredita que a sigla deveria apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), seu ex-companheiro de chapa no Estado. Carlos Siqueira, presidente nacional do partido, disse que o assunto será discutido nas próximas semanas.
(informações Estadão)