“Queremos deixar um legado positivo, que a sociedade veja que é importante eleger outro deficiente”, afirma o vereador Willian Veloso (PL)

Em entrevista ao jornal Diário do Estado, o vereador Willian Veloso (PL), que é cadeirante desde os 19 anos, falou sobre a força tarefa, que ele é presidente, de Pessoas com Deficiência de Goiânia. Neste dia 03 de dezembro, é considerado o Dia Mundial das Pessoas com Deficiência.

“Eu me tornei uma pessoa com deficiência com 19 de idade, já se passaram 30 anos. Por isso minha vida pessoal e profissional se confunde devido a minha vida como cadeirante. Me formei em economia, mesmo com o problema da cadeira de rodas, encontrei muitos problemas, principalmente de acessibilidade. Há três séculos atrás não existiam regra jurídica nenhuma a respeito do direito da pessoas com deficiência. Nós tivemos um longo caminho para criar um ordenamento político em nível nacional”, disse.

O vereador acrescentou ser necessária está representação nos diversos parlamentos. “Eu e vários pares nossos fomos construindo um ambiente para se entender o que estava acontecendo. Há mais de uma década, nós não conseguimos eleger um candidato. A partir de alguns anos, percebemos que várias pessoas se lançavam em determinados pleitos legítimos representantes, mas fragmentava-se os votos e ninguém conseguia eles. Mas no começo do ano passado, em atitude inédita, conseguimos votar numa pessoa para representar o seguimento, e para minha surpresa o meu nome foi o escolhido entre todas as entidades. Nós conseguimos mesmo com a pandemia, com bem menos pessoas votando, nós conseguimos vencer, em razão desse projeto. Que possui como meta promover a inclusão”, informa.

Questionado para o que falta para que as leis funcionem, ele responde que: “nós temos um ordenamento jurídico completo, vasto, e que muitas coisas necessitam de serem colocadas em prática. Embora o Ministério Público, a Justiça, de certa forma garantir esse direito, na prática existe essa distância. A falta das pessoas com deficiência nos parlamentos, tendo poder, voto faz com que essas injustiças sejam afloradas. nós acreditamos que esse processo de levar deficientes para o legislativo é um caminho sem volta, tanto que nós tivemos um grande número de pessoas sendo eleitas em todo Brasil.”, reflete.

 

Em relação aos planos para Goiânia, ele afirma que o maior projeto é cobrar do legislativo a criação da Secretaria Especial das Pessoas com deficiência. “Nós precisamos de um ponto onde sai um organograma, onde tenha gerenciais para lidar com todos tipos de deficiências e suas necessidades. Nós somos uma cidade com falta de pessoas em locais certos, com conhecimento técnico específico. A gente precisa começar a fazer, mesmo que demore, uma hora vai chegar a evolução. Queremos deixar um legado positivo, que a sociedade veja que é importante eleger outro deficiente”, declara.

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Indiciado, Bolsonaro diz que Moraes “faz tudo o que não diz a lei”

Após ser indiciado pela Polícia Federal (PF), o ex-presidente Jair Bolsonaro publicou em sua conta na rede social X, nesta quinta-feira (21), trechos de sua entrevista ao portal de notícias Metrópoles. Na reportagem, ele informa que irá esperar o seu advogado para avaliar o indiciamento. 

“Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar”, disse o ex-presidente.

Bolsonaro também criticou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal (STF). “O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”, criticou Bolsonaro.

Bolsonaro é um dos 37 indiciados no inquérito da Polícia Federal que apura a existência de uma organização criminosa acusada de atuar coordenadamente para evitar que o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e seu vice, Geraldo Alckmin, assumissem o governo, em 2022, sucedendo ao então presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas últimas eleições presidenciais.

O relatório final da investigação já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Também foram indiciados pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa o ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos; o ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) Alexandre Ramagem; o ex-ministro da Justiça Anderson Torres; o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; o presidente do PL, Valdemar Costa Neto; e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, Walter Souza Braga Netto.

Na última terça-feira (19), a PF realizou uma operação para prender integrantes de uma organização criminosa responsável por planejar os assassinatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do ministro Alexandre de Moraes.

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