“Eu quero Justiça”, gritava ao telefone a diarista Rosyneide Rodrigues de Araújo, de 44 anos, na tarde desta quarta-feira, 5, quando foi avisada que seu filho Felipe Rodrigues de Araújo, de 21, havia sido executado a tiros pela Polícia na casa onde trabalhava como ajudante de pedreiro, assentando cerâmica, na Rua 16, no Jardim Tiradentes, em Aparecida de Goiânia.
“A polícia tá dizendo que teve perseguição e troca de tiros. É mentira! Meu filho e os amigos foram jurados de morte há alguns dias quando a PM pegou o grupo fumando maconha. Disse que ia matar todos eles se os encontrasse depois. Meu filho estava trabalhando”, afirma.
O Diário do Estado entrevistou Felipe e Rosyneide no dia 21 de novembro do ano passado, quando publicou matéria sobre feminicídios. A filha de Rosyneide, irmã de Felipe, Giovanna Rodrigues de Araújo, de 19, foi executada a tiros a poucos metros de casa, no Bairro Independência Mansões, também em Aparecida de Goiânia, no dia 15 de novembro, pelo ex-namorado Ryan Lucas Silva de Souza, de 18, preso no dia seguinte em Quirinópolis.
Sobre a morte de Felipe, a polícia informou que abordaram uns rapazes em um carro suspeito em Goiânia e os levaram a uma casa em Aparecida de Goiânia para apreender drogas, mas houve troca de tiros no local. Não há informações de quantas pessoas foram mortas ou se alguma está presa. Várias viaturas e o helicóptero da PM estão no local.