Racismo recreativo no CAP UFRJ: combate e conscientização contra o preconceito racial

racismo-recreativo-no-cap-ufrj3A-combate-e-conscientizacao-contra-o-preconceito-racial

O racismo recreativo é uma forma de preconceito racial que infelizmente ainda persiste em nossa sociedade, mesmo em ambientes educacionais como o Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAP UFRJ). Recentemente, um professor de música do CAP UFRJ, de pele negra, foi vítima desse comportamento discriminatório por parte de um grupo de alunos, que zombaram de seu cabelo com piadas de mau gosto e falas jocosas, motivados pela música ‘Mina, seu cabelo é da hora’ da banda Mamonas Assassinas. A situação se tornou tão grave que resultou em uma denúncia à Polícia Federal.

O episódio de racismo recreativo não se limitou apenas ao professor de música, mas também incluiu atitudes desrespeitosas e intimidadoras contra servidores da Direção Adjunta de Ensino. O grupo de alunos, ao ser repreendido, adotou um comportamento agressivo e desrespeitoso, causando tumulto e criando um clima de tensão na escola. As servidoras responsáveis pela disciplina e organização da instituição tiveram que lidar com ameaças e desrespeitos verbais por parte dos estudantes envolvidos.

Diante dessa situação preocupante, a direção da escola tomou medidas cabíveis, como a suspensão dos alunos envolvidos por cinco dias. No entanto, mesmo após a punição, o grupo demonstrou resistência e tentou pressionar o professor e a diretora a retirarem a queixa contra eles. Essa postura desafiadora e agressiva revela a gravidade do problema e a necessidade de conscientização e combate ao racismo no ambiente escolar.

O Colégio de Aplicação da UFRJ conta com o Comitê Permanente da Educação para as Relações Étnico-Raciais (ERER), que atua há seis anos promovendo a valorização da cultura negra e quilombola, além de combater o racismo e outras formas de preconceito no ambiente educacional. O Erer realiza diversas atividades anti-racistas, como rodas de conversa, grupos de estudo e seminários de formação, visando sensibilizar a comunidade escolar para a importância da diversidade e do respeito mútuo.

É fundamental que casos como esse sejam enfrentados com firmeza e que medidas educativas e disciplinares sejam implementadas para garantir um ambiente escolar seguro e inclusivo para todos os alunos. O episódio de racismo recreativo no CAP UFRJ deve servir como alerta para a necessidade de promover a conscientização e a tolerância em relação às diferenças, combatendo atitudes de preconceito e discriminação em todas as esferas da sociedade. A diversidade é um dos nossos maiores tesouros, e devemos valorizá-la e respeitá-la em todos os momentos e em todos os lugares.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp