A morte brutal de um homem negro (George Floyd) por um policial americano branco, no dia 25 de maio, desencadeou uma série de manifestações em cidades dos Estados Unidos e de outras partes do mundo. No Brasil as torcidas organizadas dos times de futebol, promoveram passeatas pedindo o combate ao racismo, e ao anti-fascismo. Celebridades e formadores de opinião passaram a manifestar através das redes sociais e mídias em geral.
A professora e coordenadora do Programa de Estudos e Extensão Afro Brasileiro da Puc-GO (PROAFRO), Fátima Regina Almeida, conversou com nossa redação, e comentou como o racismo ainda é presente na cultura brasileira, como as questões raciais influenciam ainda no mercado de trabalho, na educação, nas questões econômicas e culturais do nosso país.
“É fundamental que se fale sobre o racismo. O racismo tem haver com questões estruturais, com a construção da sociedade brasileira, com a desigualdade. Quando a gente pensa sobre o racismo devemos pensar na hierarquização das pessoas através da cor da pele, do formato do corpo. Enfim, aos espaços do negro dentro da sociedade”, explica a professora.
Todo o lugar que o negro ocupa na sociedade, é objeto de estudo do PROAFRO. Questionada sobre como definir então uma pessoa negra, a professora Fátima responde: “no Brasil, pensamos o negro através de uma marca. O que marca o negro no Brasil? pessoas de pele escura. Quando na verdade nossa origem vem de uma sociedade negra. Então quando observamos um negro sendo desfavorecido socialmente, por trás dessa definição existe um contexto enorme. Porque o negro no Brasil é mais pobre? Porque ele ocupa o lugar menos favorecido na sociedade? Porque são os que mais sofrem com violência?”.
A professora aborda as várias questões raciais que o brasileiro vive. Como a questão econômica, social e cultural. E como formato de série, semanalmente, o Jornal Diário do Estado, vai tratar das questões raciais que a sociedade brasileira vive.
Acompanhe aqui entrevista completa:
https://www.youtube.com/watch?v=CuZUczGghSU