Radialista quebra tornozeleira eletrônica, insulta Alexandre de Moraes e tem prisão decretada

O radialista Roque Saldanha, investigado por envolvimento na tentativa de golpe de 8 de janeiro de 2023, teve sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após publicar um vídeo quebrando sua tornozeleira eletrônica e insultando o magistrado. A determinação foi anunciada após a divulgação das imagens nas redes sociais, na última terça-feira, 26.

No vídeo, Roque Saldanha exibe a tornozeleira violada e critica sua punição, chamando-a de “palhaçada”. Em tom agressivo, ele profere xingamentos contra Moraes, acusando-o de “vender sentenças” e negando qualquer participação nos atos golpistas de janeiro em Brasília. Entre as ofensas, ele declara: “Você deveria criar vergonha na cara e aprender a virar homem” e usa termos como “vagabundo” e “safado” para insultar o ministro.

A decisão de prisão foi motivada por violações reiteradas no uso da tornozeleira eletrônica, que apresentava oito registros de irregularidades entre abril e outubro deste ano. Após a ordem judicial, Roque foi declarado foragido. Ele reside em Governador Valadares, Minas Gerais, e é conhecido por seu apoio público ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em sua trajetória política, Roque Saldanha tentou se eleger deputado federal pelo PSC em 2022, mas não obteve sucesso. No vídeo, ele se identifica como integrante da “extrema direita” e da “bancada da bala”. O caso reforça a postura do STF em endurecer medidas contra aqueles que desafiam as decisões judiciais e as instituições democráticas.

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CCJ da Câmara aprova projeto que permite recontagem física de votos em amostras

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira, 11, um projeto de lei que prevê a contagem física de votos em uma amostra aleatória de 5% das urnas ao final das eleições. O texto recebeu apoio significativo de parlamentares da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A proposta original, apresentada pelo deputado Carlos Henrique Gaguim (União-TO), foi alterada por um substitutivo do deputado José Antonio Medeiros (PL-MT), que introduziu modificações ao texto. A contagem manual será realizada em sorteios públicos, com a presença de representantes dos partidos políticos, do Ministério Público e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Segundo o deputado José Antonio Medeiros, o objetivo é aprimorar a transparência e a confiabilidade do processo eleitoral sem comprometer a agilidade da apuração. Ele destacou que a iniciativa funcionará como uma auditoria, permitindo verificar possíveis divergências entre os resultados eletrônicos e os físicos.

O projeto também considera a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou inconstitucional a impressão do voto, argumentando que essa prática comprometeria o sigilo e a liberdade do eleitor. O relator da matéria no STF, ministro Gilmar Mendes, destacou que as urnas eletrônicas possuem apenas mecanismos de impressão para o relatório inicial, conhecido como zerésima, e para o boletim de urna, emitidos no início e no fim da votação.

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