Rafa Kalimann não canta trecho de samba-enredo com menção a Exu: polêmica no Carnaval 2025

Vídeo: Rafa Kalimann não canta trecho de samba-enredo que cita Exu

A influenciadora Rafa Kalimann, musa da Imperatriz Leopoldinense em 2025, foi flagrada durante mini desfile que aconteceu no Rio de Janeiro

As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro já estão se preparando para o Carnaval 2025. Neste final de semana, agremiações se reuniram na Cidade do Samba, na capital carioca, para comemorar o Dia Nacional do Samba. O que chamou a atenção dos internautas, no entanto, foi a participação de Rafa Kalimann, musa da Imperatriz Leopoldinense.

Em 2025, a Imperatriz Leopoldinense apresenta o samba-enredo Ómi Tútú ao Olúfon – Água Fresca Para o Senhor de Ifón, do carnavalesco Leandro Vieira. A escola de samba vai contar na Sapucaí a lenda de Oxalá, que sai de seu reino, Ifón, para fazer uma visita a Xangô. No caminho, deve fazer uma oferenda a Exu, que controla os caminhos.

Em um trecho que circula nas redes sociais neste domingo, Rafa Kalimann é flagrada sambando justamente o trecho em que Exu aparece na música. A atriz e influenciadora, no entanto, não canta nos momentos em que a divindade é citada na letra. A coluna procurou a assessoria de imprensa da famosa, que não se pronunciou até o fechamento da reportagem.

O “flagra” envolvendo Rafa Kalimann revoltou muitos internautas. “Quer ser atriz, mas não quer falar palavras do vocabulário da personagem por fugir dos seus princípios. Quer sambar, mas não quer cantar o enredo da escola por enaltecer uma religião diferente da dela”, disse João Hernanes. “Palhaçada. O pastor dela sabe que ela tá numa festa pagã?”, ironizou Denise Mattar.

“Devia ser proibida uma coisa dessa. A princesa é crente, tá participando de algo que a raiz é a religião africana e não canta as partes da música. Francamente, isso é até uma falta de profissionalismo – além do puro preconceito ignorante”, detonou a internauta Marielle Pereira.

Essa não é a primeira vez que Rafa Kalimann se nega a falar alguma palavra ou mudar frases em um trabalho. A famosa admitiu, durante sua participação no podcast E Você?, que às vezes trocava alguns termos escritos por Daniel Ortiz para sua personagem, Jéssica, na novela Família É Tudo, da Globo.

A atriz explicou na ocasião que, devido a sua criação familiar, há palavras fortes, xingamentos, que ela não usa no dia a dia, mas sua personagem, sim, e usou a palavra “desgraçada” como exemplo

Já leu todas as notas e reportagens da coluna hoje? Acesse a coluna do DE.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Velório das vítimas do ataque ao MST em Tremembé: investigações em andamento.

Velório das vítimas do ataque a um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, interior de São Paulo, está marcado para acontecer na manhã deste domingo.

O incidente resultou na morte de dois homens e deixou seis pessoas feridas no assentamento Olga Benário. Os feridos foram encaminhados aos hospitais de Taubaté e Tremembé para receberem os cuidados necessários.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar o ataque, com o acompanhamento do Ministério da Justiça. O ministro Paulo Teixeira condenou o ataque, classificando-o como “gravíssimo”.

Valdir do Nascimento de Jesus, 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, 28, foram baleados e faleceram no local. As outras seis vítimas foram levadas para atendimento médico em hospitais da região.

Apesar do velório estar agendado para o próximo dia, os corpos das vítimas ainda não foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML).

O crime ocorreu no assentamento Olga Benário, que é regularizado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Cerca de 45 famílias vivem no local, de acordo com informações do Movimento dos Sem Terra.

A investigação está sendo conduzida como homicídio e tentativa de homicídio, com a determinação do Ministério da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal instaure um inquérito. O ministro Paulo Teixeira reiterou a gravidade do episódio.

Seguindo os desdobramentos do caso, a Polícia Militar de São Paulo reforçou o policiamento na região afetada e a Polícia Federal enviou uma equipe para acompanhar as investigações em andamento. Essa é mais uma tragédia envolvendo conflitos em terras destinadas à Reforma Agrária.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp