A uma semana da saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a rainha Elizabeth II promulgou a legislação que transpõe o acordo de Brexit para a lei britânica.
O anúncio de que havia um carimbo real no divórcio entre Londres e Bruxelas, sede da UE, foi feito pelo ministro encarregado das questões do Brexit, Steve Barclay. “Sua Majestade, a rainha, deu o seu assentimento real” ao texto que regulamenta os contornos da ruptura de um casamento tumultuado com a União Europeia após 47 anos, informou Barclay em sua conta do Twitter.
Segundo Barclay, com o Brexit inscrito na lei, o Reino Unido poderá deixar o bloco europeu no dia 31 deste mês. O acordo deverá ainda ser ratificado pelo Parlamento Europeu no dia 29. O consentimento da rainha foi dado algumas horas após ser concluída a tramitação do projeto no Parlamento britânico, com a aprovação da Câmara dos Lordes.
O texto de acordo que agora leva a chancela da rainha foi adotado pelo Parlamento em Westminster, após anos de debates e questões pendentes, decisões que dividiram trabalhistas e conservadores, e mais recuos do que avanços a cada sessão na Câmara dos Comuns.
É assim com naturalidade que o primeiro-ministro Boris Johnson deixa uma nota de orgulho no comunicado que confirma a assinatura da chefe de Estado britânica: “Às vezes, sentíamos que nunca iríamos cortar a linha de chegada do Brexit, mas acabamos por conseguir”, disse Johnson.
“Podemos agora deixar para trás o rancor e as divisões destes últimos três anos e concentrarmo-nos no trabalho para garantir um futuro brilhante e excitante”, acrescentou Johnson, que levou a cabo um projeto que derrubou primeiros-ministros conservadores nestes últimos anos, a última dos quais, Theresa May, que deixou o cargo em junho.