Rap Mix: número de feridos chega a cerca de 40 pessoas

O festival Rap Mix, que aconteceu no último domingo, 09, terminou em tragédia. O número de feridos após a rampa desabar durante o evento que acontecia no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, subiu para cerca de 40 pessoas. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBM-GO), ainda não é possível dizer a quantidade exata total de feridos, já que vários órgãos atuaram no atendimento.

As informações da corporação apontam que o acidente aconteceu por volta das 23h16, causando pânico. Vídeos gravados no Rap Mix Festival mostram o público se arrastando pelo chão e pessoas penduradas nos escombros. De acordo com os militares, as vítimas caíram de uma altura de cerca de 4 metros.

A organização do Rap Mix se defendeu dizendo que a estrutura montada “continha alvará” e que estão investigando as razões do incidente. Eles ainda garantiram estar identificando as vítimas para prestar apoio e atendimento.

A Polícia Civil (PC), por sua vez, informou que aguarda as vítimas para depor sobre o caso. O CBM-GO afirmou que, do total de feridos, 13 foram levados por eles a hospitais de Goiânia e Aparecida de Goiânia.

Estado de saúde

Ao G1, os hospitais informaram o estado de saúde das vítimas. No Hospital Estadual de Urgências de Goiás (Hugo), um homem e uma mulher receberam alta; uma jovem fraturou o rosto e está estável, mas deve passar por cirurgia bucomaxilofacial; um homem teve fratura exposta na perna esquerda, passou por cirurgia e está estável; outra paciente teve fratura no tornozelo e passa por cirurgia ortopédica.

No Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), três moças e um rapaz estão em estado regular, conscientes e respirando sem ajuda de aparelhos. Já no Hospital Estadual de Aparecida de Goiânia Cairo Louzada (Heapa), um jovem de 21 anos que está estável e passa por procedimento cirúrgico após fraturar o fêmur.

A reportagem tentou contato com o Hospital dos acidentados, mas não obteve respostas.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp