Rapaz é levado à delegacia por planejar massacre em faculdade de Goiânia

Um rapaz de 19 anos foi levado até a delegacia na manhã desta segunda (16) por ameaçar cometer um massacre na faculdade. Ele é aluno do campus Flamboyant da Universidade Paulista (Unip) e questionou pela internet quem os colegas manteriam a salvo em caso de um massacre. A pergunta foi feita em um grupo conversa de um aplicativo de mensagens da turma do primeiro período do curso de Ciências da Computação.

“Se vocês fizessem um massacre, quem vocês poupariam da nossa sala?”, postou. Logo em seguida, os universitários se manifestaram assustados e criticaram a brincadeira. O jovem respondeu que não se tratava de uma piada. O assunto viralizou entre os alunos e um deles chegou a postar que desde a noite de ontem, domingo (15), policiais estariam rondando o prédio da instituição. 

O pânico teria sido ainda maior porque esta seria uma semana de provas e a maior parte da comunidade acadêmica estaria no local. A Polícia Civil confirmou que foi acionada no final de semana após o universitário ter publicado em perfis de redes sociais que seria responsável por um massacre na Universidade. 

“Ele confessou autoria e foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência por um tipo penal mais ameno do que uma ameaça ou do que poderia se tornar um ato terrorista diante das circunstâncias e das provas. Uma audiência no Juizado Especial já foi designada e ele saiu cientificado”, afirma o delegado da 17ª Distrito Policial, Anderson Pimentel.

Rapaz é levado à delegacia por planejar massacre em faculdade de Goiânia
Ameaça causou pânico entre comunidade acadêmica da Unip, que evitou ir até à faculdade nesta segunda (16). (Foto: Reprodução)

Por email, o coordenador do curso informou que o suspeito teria sido advertido e está proibido de entrar na Unip. Um processo disciplinar teria sido aberto para apurar a situação.  Também por email, o universitário teria se retratado com os colegas e se defendeu lembrando que há “maneiras melhores e menos monstruosas de se avaliar a natureza de alguém”.

Confira abaixo a nota de esclarecimento da assessoria da Unip na íntegra:

Em relação ao fato de que um aluno do curso de Ciência da Computação da UNIP, campus Goiânia, teria enviado mensagem, por um celular particular, perguntando a um grupo de estudantes sobre a possibilidade de ocorrer um “massacre” dentro da instituição, esclarecemos com o que segue abaixo. Tão logo se tomou conhecimento da situação, o autor da mensagem foi ouvido pela coordenação do curso. O estudante alegou ter agido por brincadeira e que não teve intenção de assustar ou causar pânico entre os colegas universitários. Paralelamente, a Polícia Militar esteve no campus e ouviu os alunos. E o autor da mensagem seguiu prestando esclarecimentos às autoridades policiais.

Vale ressaltar que a UNIP mantém, diariamente, uma equipe atenta à questão de segurança de alunos, professores e colaboradores. Independentemente da veracidade ou não do conteúdo da mensagem, a UNIP decidiu reforçar o efetivo de segurança, a fim de assegurar tranquilidade aos estudantes e aos demais presentes ao
campus. Além disso, a instituição decidiu suspender as atividades acadêmicas do referido aluno, até que tudo seja esclarecido.

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CNJ investiga juízes que jantaram com empresário Luciano Hang

CNJ Investigação: Juízes e Luciano Hang - Conflito de Interesses em Foco

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) iniciou uma investigação preliminar envolvendo juízes de Santa Catarina que participaram de um jantar com o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas Havan. O jantar aconteceu em 16 de dezembro em Brusque, no interior de Santa Catarina, na inauguração da Casa Renaux.

A investigação, coordenada por Mauro Marques, surgiu devido a preocupações sobre potenciais conflitos de interesses, especialmente considerando que alguns desses juízes, como Saul Steil e Jairo Fernandes Gonçalves, são relatores de processos em que Luciano Hang é parte ou estão envolvidos em colegiados que julgarão ações relacionadas ao empresário.

Além disso, também estava presente a desembargadora Haidée Grin, que foi relatora de um recurso interposto por um professor que já foi condenado a pagar R$ 20 mil ao empresário.

Em nota, o Tribunal de Santa Cantarina informou que “o princípio da independência funcional garante aos magistrados a autonomia e a imparcialidade necessárias ao exercício de suas funções”.

Interesses

Luciano Hang é alvo de vários processos judiciais, e a participação de desembargadores em um jantar promovido por ele levantou questionamentos sobre a imparcialidade e a ética dos magistrados. Quatro dos desembargadores presentes no jantar são responsáveis por relatar processos ou integrar colegiados que irão julgar ações envolvendo o empresário.

A investigação do CNJ visa esclarecer se houve qualquer violação de normas éticas ou de conduta pelos juízes envolvidos. A entidade está atenta para garantir a transparência e a integridade do sistema judiciário, especialmente em casos onde a imparcialidade dos juízes pode ser questionada.

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