Raquel Cantarelli luta pela guarda das filhas: drama de subtração internacional de crianças revoluciona debate sobre direitos e proteção infantil

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Cantarelli, brasileira sem contato com as crianças há dois anos

Em uma reviravolta surpreendente, Raquel Cantarelli, uma nutricionista brasileira, viu suas filhas de 4 e 6 anos sendo levadas de sua casa no Rio de Janeiro por uma equipe com policiais armados, há dois anos atrás. O retorno dessas crianças da Irlanda para o Brasil foi decidido favoravelmente à Raquel pelo STJ, porém a defesa do pai das crianças e o governo irlandês não informaram se vão respeitar essa decisão, gerando incertezas sobre o desfecho do caso.

Raquel Cantarelli, em sua luta pela guarda de suas filhas, foi surpreendida pela ação traumática da Polícia Federal armada em sua casa. Desde então, foram dois anos sem nenhum contato com as crianças, criando um vazio emocional e angustiante na vida da mãe. A decisão da justiça brasileira para o retorno das crianças à Irlanda gerou uma série de desdobramentos legais e emocionais, colocando em xeque a proteção e os direitos das crianças envolvidas.

Em 2019, Raquel Cantarelli deixou a Irlanda com suas filhas, buscando proteção contra o pai das crianças, alegado de violência doméstica e sexual. Mesmo com o auxílio de autoridades consulares brasileiras, a batalha pela guarda das crianças se intensificou, culminando em uma longa disputa judicial até a decisão definitiva do STJ em 2025. A reviravolta nesse caso emblemático coloca em evidência as lacunas e desafios enfrentados no âmbito da Convenção de Haia para casos de subtração internacional de crianças.

A batalha de Raquel Cantarelli pela guarda das filhas se tornou um marco no debate sobre a subtração internacional de crianças e a proteção de vítimas de violência doméstica. Seu relato emocionante e as reviravoltas judiciais evidenciam a necessidade de parâmetros claros e uniformes para a atuação dos juízes em casos complexos como esse. A proteção das crianças envolvidas e a garantia de seus direitos são aspectos fundamentais que devem ser considerados em cada etapa desse processo delicado.

A luta de Raquel Cantarelli e as repercussões desse caso no Brasil reforçam a importância de debater e aprimorar as diretrizes da Convenção de Haia e das legislações nacionais para casos de subtração internacional de crianças. O apoio às mães vítimas de violência doméstica e a proteção dos direitos das crianças devem ser prioridades na busca por soluções justas e seguras para situações tão delicadas e complexas como essa.

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