Ré abre cerveja e juiz encerra depoimento em audiência virtual: “’Não vou fazer interrogatório”

O depoimento de uma ré na 2ª Vara de Augustinópolis (TO) foi encerrado após ela abrir uma cerveja durante uma audiência virtual, nesta segunda-feira, 6. O testemunho foi finalizado pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, que flagrou o momento em que a ré abre a garrafa.

“Doutores, doutores. É o seguinte, doutores. Eu estou vendo que a ré acabou de abrir uma cerveja. Está gravado aqui. Doutores, eu não vou fazer interrogatório de uma pessoa que está bebendo em um ato – que é um ato sério – de julgamento”, afirmou o juiz Alan Ide Ribeiro da Silva.

Na gravação, é possível ver que a ré, chamada Rebeca, estava dentro de um veículo. Ela sai do carro e, em sequência, entra em uma casa. Em certo momento, a mulher pega uma garrada verde, abre e começa a beber em frente à câmera. A situação aconteceu durante o depoimento da testemunha.

“Então, não vou fazer interrogatório dela e vou determinar que seja excluída, imediatamente, a Rebeca da sala da audiência.”, informou o juiz.

O magistrado retirou a ré da sala e encerrou o depoimento da testemunha, a dispensando. “Não temos condições. Esse ato de ela abrir uma garrafa de cerveja em uma audiência… Acho que já deu. Senhora [testemunha], o que a senhora passou para a gente já está de bom tamanho. Muito obrigado”, disse ele.

Em seguida, o juiz ouviu as demais testemunhas do processo, a defesa de Rebeca e a acusação feita pelo promotor de Justiça.

Caso julgado

Conforme a sentença, o problema entre a ré e a vítima começou em abril de 2021. O documento aponta que Rebeca teria dito que à vítima que a mulher com que ele namorava estava a enganando. O caso foi denunciado como injúria e a ré foi inocentada por falta de provas.

No entanto, em setembro de 2021, Rebeca foi denunciada mais uma vez pela vítima sob alegação de que ela teria xingado e a ameaçado de morte. No depoimento, a mulher informou que a mulher com quem se relacionava na época, que também era ex-namorada de Rebeca, recebeu mensagem da ré, dizendo que comprou uma arma de fogo e que, com isso, a vítima ‘teria o que merecia’.

Além das ameaças, a vítima ainda recebeu recados enviados por meio de uma conta falsa em rede social. Nas mensagens, a vítima era informou que ‘levaria pipoco’.

Para a vítima, o motivo das ameaças seria o ciúme que Rebeca havia do relacionamento da ex. Os ataques teriam deixado a mulher com medo de sair da rua e que, em certa ocasião, chegou a ser humilhada no próprio trabalho pela ré.

A Justiça absolveu a ré do crime de injúria porque, segundo a decisão, não havia provas contundentes. No entanto, ela foi condenada a três meses e dois dias de detenção pelo crime de ameaça.

Além disso, a mulher foi condenada pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva pode litigância de má-fé – que significa uma conduta abusiva, desleal ou corrupta de uma das partes do processo. Ela foi condenada ao pagamento de 10 salários-mínimos.

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Estudantes do Cepi de Goiânia brilham na Olimpíada de Inteligência Artificial

Os alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Professor Joaquim Carvalho Ferreira, de Goiânia, alcançaram um feito notável ao conquistar o 1º e 3º lugares na Olimpíada de Inteligência Artificial Aplicada, realizada durante a Campus Party 2024, entre os dias 28 e 30 de novembro. A competição foi promovida pelo Governo de Goiás, em parceria com a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), o Centro de Competências Embrapii em Tecnologias Imersivas (AKcIT) e o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (CEIA).

Voltada para alunos do Ensino Médio, a iniciativa capacitou os jovens em Inteligência Artificial, desenvolvendo soluções alinhadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os participantes abordaram temas essenciais, como erradicação da pobreza, fome zero e saúde e bem-estar.

Ganhadores do Prêmio

A competição, com duração de três dias, contou com diferentes desafios a cada dia. A equipe campeã do segundo dia, denominada Ravens e liderada pela aluna Eloise Carvalho, apresentou um projeto que utilizou inteligência artificial para otimizar a gestão de pequenas empresas, focando em padarias. A solução proposta prevê a necessidade de insumos, identifica os produtos mais consumidos e otimiza o gerenciamento dos estoques, resultando em maior eficiência e lucro. Essa proposta foi destacada pela sua aplicabilidade prática e impacto positivo no setor.

O 3º lugar foi conquistado pela equipe Oito Bits, representada por Allan Jorge Kury de Andrade. O grupo desenvolveu um sistema baseado em inteligência artificial para fortalecer o relacionamento entre clientes e empresas, oferecendo ferramentas acessíveis que personalizam a experiência do cliente e ampliam a competitividade de pequenas empresas no mercado.

Essa competição reflete o compromisso do Governo de Goiás em promover a inovação tecnológica e a formação de novos talentos. Iniciativas como a Olimpíada de Inteligência Artificial Aplicada, realizada pela primeira vez no estado, contribuem para preparar os jovens goianos para os desafios do futuro. A Campus Party, um evento consolidado no calendário de inovação do estado, mais uma vez destacou o potencial dos estudantes e sua capacidade de criar soluções criativas e impactantes.

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