Alguns deputados relatam um clima tenso no Congresso, expressando preocupação com a recente operação. Aluísio Mendes (Republicanos-MA) destacou que muitas pessoas devem estar apreensivas. Luísa Canziani (PSD-PR) descreveu a atmosfera como um ‘clima de guerra’. Alguns congressistas, sob condição de anonimato, demonstraram indignação com o relator do caso das emendas no STF, visto como parcial. A atuação do ministro Flávio Dino é questionada, sendo acusado de agir em favor do governo. Além disso, a operação foi vista como uma ameaça direta contra Arthur Lira, o atual presidente da Câmara dos Deputados. Diversos parlamentares de diferentes partidos foram ouvidos pela reportagem, evidenciando a complexidade do cenário político atual. Os deputados do Centrão criticam a suposta fragilidade de Hugo Motta diante do avanço do STF quanto às emendas do orçamento secreto. A rejeição da cassação de deputados e a suspensão do mandato de Glauber Braga, sob protestos de Lira, geraram controvérsias no Congresso. A assessora atingida pela operação é reconhecida pelo Centrão por ser uma intermediária eficaz para os pedidos de Motta e Lira. Ela desempenha um papel fundamental na articulação das emendas parlamentares, e sua influência se estende desde a gestão de Lira até os dias atuais, no governo de Motta. A Polícia Federal destacou a falta de formalidade na formulação do orçamento secreto, revelando indícios de desvio de recursos sem critérios claros. Deputados ouvidos pela reportagem reconhecem a complexidade da situação e a possibilidade de um agravamento nas relações entre os Poderes. A deputada Adriana Ventura, crítica da falta de transparência nas emendas, vê com bons olhos as operações que buscam trazer mais clareza aos repasses, mas ressalta a persistência de práticas obscuras. A instabilidade política reflete um momento delicado no cenário brasileiro, marcado por disputas de poder e questionamentos sobre a lisura das ações governamentais.