Última atualização 09/09/2022 | 12:40
O preço do gás de cozinha vai subir novamente e o botijão de 13 quilos pode chegar a custar R$ 136 reais. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato das Empresas Revendedoras de Gás da Região Centro-Oeste (Sinergás), Zenildo Dias, diz que o reajuste é recebido com ‘tristeza’ pelas ‘donas de casa.’
“Uma tristeza para a dona de casa que já não tem o dinheiro para comprar o gás, e que está cozinhando no álcool, cozinhando na lenha”, lamentou Zenildo.
De acordo com ele, o reajuste de 5% para o botijão foi anunciado pelas empresas Ultragaz, Supergas, Nacional Gás, Liquigás e Consigaz. O motivo seria o reajuste salarial do coletivo e ‘impactos inflacionários’ nas altas de custos operacionais.
O valor representa R$4,35 no preço do botijão de gás, podendo ser ainda maior nas cidades do interior de Goiás.
Zenildo afirma que o aumento é “abusivo”, e que o ideal seria apenas 1%. Além disso, ele destaca que este não é o momento para um ajuste de tamanho impacto, levando em consideração a atual situação econômica do país.
“Nós estamos falando de um aumento que é abusivo. Como que nós vamos chegar em uma dona de casa, neste momento, e trazer um aumento. A dona de casa não está nem comprando o gás porque tá caro demais”, afirmou o presidente do Sinergás.
Zenildo também lembrou as três mortes causadas por queimaduras causadas por pessoas que cozinharam com o uso de álcool, por não ter condições financeiras para adquirir um botijão de gás.
“É uma tristeza a dona de casa morrer por estar cozinhando no álcool. Aqui no estado de Goiás já foram três”, relatou Zenildo.
Conforme o presidente do Sinergás, o impacto negativo não é apenas para os consumidores. Muitos donos de distribuidoras de botijão de gás estão fechando as portas. Outros, trabalhando “no vermelho.”
“Muitos vendedores de gás não vão conseguir repassar esse reajuste. Eles estão abaixando os preços para conseguir vender. Tem gente fechando depósito, outros trabalhando no vermelho. Já outros o caminhão passa para descarregar e ele não tem o dinheiro porque não vendeu o gás”, contou Zenildo.
Inconformado, o presidente do Sinergás disse que vai “entrar com uma ação na, próxima semana, pedindo explicação para esse aumento.”