Reajuste de salário mínimo ainda não foi oficializado pelo governo federal

Salário mínimo

O governo federal ainda não publicou a Medida Provisória que estabelece o salário mínimo de R$ 1.320,00. O documento precisa da sanção do presidente eleito Luís Inácio Lula da Silva e divulgação no Diário Oficial da União para ter o reajuste de R$ 18 sobre o valor proposto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele havia autorizado R$ 1.302 mensais.

 

Responsável pelo assunto, o Ministério da Fazenda ainda discute o tema com as áreas econômicas do governo antes de encaminhar a proposta a Lula. O salário atualizado já tem recursos previstos em orçamento. No ano passado, o montante era de R$ 1.212 por mês. O novo valor impacta 56,7 milhões trabalhadores com carteira assinada, beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ainda as pessoas que exercem o chamado trabalho intermitente.

 

Nessa modalidade é firmado um contrato individual de trabalho para prestação de serviços com subordinação, mas a continuidade de jornadas sejam de horas ou dias, independentemente do tipo de atividade do empregado. O pagamento é por hora, mas não pode ser inferior ao salário mínimo nem ao dos profissionais que exerçam a mesma função na empresa.

 

Um projeto de lei em tramitação no Senado prevê reajustes ao salário mínimo com base na inflação e na variação do Produto Interno Bruto (PIB). O texto considera que será aplicado o índice de 1% de aumento sobre o valor do ano anterio caso uma das variações seja nula ou negativa.

 

De acordo com a Constituição Federal, “o salário mínimo deve cobrir todas as necessidades do trabalhador e de sua família, ser unificado em todo o território nacional e reajustado periodicamente para garantir seu poder aquisitivo.”

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Ataque a assentamento do MST em Tremembé deixa dois mortos e seis feridos

Na noite de sexta-feira, 10, um assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, no interior de São Paulo, foi alvo de um violento ataque. Bandidos armados invadiram o Assentamento Olga Benário, localizado na Estrada Canegal, por volta das 23 horas.

Os agressores, usando vários carros e motos, chegaram atirando enquanto a maioria dos assentados dormia, incluindo crianças e idosos. O ataque resultou na morte de dois assentados, Valdir do Nascimento, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Além dos mortos, seis pessoas ficaram feridas e necessitaram de atendimento médico.

Resposta das autoridades

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Civil já está apurando o caso, que foi registrado como homicídio e tentativa de homicídio. O MST expressou sua indignação e exigiu a participação da Polícia Federal nas investigações.

O ministro do Desenvolvimento Agrário considerou o episódio um crime gravíssimo e pediu providências para apurar as responsabilidades. Parlamentares manifestaram sua indignação, clamando por respostas e justiça para as vítimas do ataque.

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