Sem pressa por futuro, Real e Rodrygo “jogam xadrez” e avaliam caminhos até o fim da janela
Apesar da pouca minutagem com Xabi Alonso e especulações de mercado, clube não bota preço que indique venda, e brasileiro, com contrato até 2028, mantém foco em recuperar espaço.
Os quinto jogo consecutivo entre os reservas e a eliminação do Real Madrid na Copa do Mundo colocam o holofote em um dos dilemas que o clube espanhol vai ter que resolver antes do início da próxima temporada: o que será do futuro de Rodrygo? Sequer utilizado na derrota por 4 a 0 para o Paris Saint-Germain e com apenas 100 minutos na competição, o brasileiro não faz movimentos no sentido da saída e aguarda posicionamento dos espanhóis.
Tal qual um jogo de xadrez, jogador e clube estudam ações que não impliquem na responsabilidade em caso de futuro longe do Santiago Bernabéu. Por mais que as poucas oportunidades nos Estados Unidos exponham a perda de relevância, Rodrygo no momento prefere a permanência e só se abrirá ao mercado se assim for definido pelo Real Madrid de maneira clara.
A continuidade, por sua vez, vem acompanhada de uma decisão já manifestada a Xabi Alonso: a preferência por jogar no lado esquerdo do ataque. A tentativa com Gonzalo García e Brahim na direita diante do PSG é um sinal de que o treinador espanhol acatou o pedido, mas mesmo com a saída de Vini Júnior no decorrer da partida não foi Rodrygo o escolhido para ajudar o Real na tentativa de recuperação após sofrer 3 a 0 no primeiro tempo.
Rodrygo e os responsáveis pela gestão da carreira entendem que o rótulo de versátil deixou de ser positivo em uma temporada onde o Real Madrid empilhou frustrações e as cobranças atingiram níveis elevados. A falar que o “R” acabou mais desgastado do que o M, B e V de Mbappé, Bellingham e Vini ao ponto de ter diagnosticada uma estafa física e mental que comprometeram a participação nos últimos jogos com Carlo Ancelotti.
Desde a final da Copa do Rei, quando foi substituído no intervalo, o brasileiro perdeu espaço. Dos 11 jogos disputados pelo Real Madrid, Rodrygo foi titular apenas na estreia da Copa do Mundo de Clubes, diante do Al Hilal, quando deu assistência para o gol de Gonzalo García.
O meia-atacante foi relacionado para sete desses jogos e sequer saiu do banco de reservas em quatro deles, incluindo o clássico decisivo por La Liga, diante do Barcelona. Já diante de Salzburg e Dortmund foi utilizado na reta final do segundo tempo.
Após a estreia diante do Al-Hilal, quando foi substituído aos 21 do segundo tempo, Rodrygo volta a campo apenas por 27 minutos (sem contar acréscimos): 23 diante do Salzburg e quatro contra o Borussia. Realidade que fez com que aumentassem os rumores a respeito do seu futuro.
O que se sabe é que qualquer movimento de abrir a porta de saída não terá a mão de Rodrygo na maçaneta. Com contrato até meados de 2028, o brasileiro quer buscar seu espaço pelo menos até o fim de 2025. A um ano da Copa do Mundo, Rodrygo sabe que a temporada será determinante, mas entende que a história de 272 partidas, 68 gols e 13 títulos com a camisa branca não deve terminar de maneira intempestiva pela falta de oportunidades recentes.