Real Madrid segue invicto após vitória apertada contra o Dortmund

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O mutante Real de Xabi quase leva uma lição em Nova Jersey

O treinador espanhol voltou a fazer mudanças no esquema e na função dos jogadores. A resposta foi positiva novamente, mas o relaxamento chegou perto de custar caro no fim. Há quem diga que uma equipe só ganha entrosamento e se desenvolve com a manutenção da escalação e do esquema tático. Xabi Alonso vem mostrando que esta é mais uma das frases prontas mentirosas do futebol. Pela terceira vez em cinco jogos, o novo treinador merengue fez modificações significativas no funcionamento do time, que correspondeu ao bater o Dortmund por 3×2.

Gonzalo e Fran Garcia marcaram os dois primeiros gols madridistas antes mesmo dos 20 minutos. Mbappé balançou as redes nos acréscimos. Mas os últimos instantes da partida não serão lembrados pelo tento do francês. E sim pela grande defesa de Courtois aos 54 minutos. O Real se desmobilizou defensivamente do duelo e ressuscitou um Dortmund que já estava praticamente entregue. O Borussia vinha sendo presa fácil. Marcou muito mal o talentoso time espanhol e acabou totalmente envolvido por um coletivo ajustado. Parecia longe de ameaçar o resultado na etapa final. Mas marcou dois gols em cinco minutos e ainda terminou com um a mais após a expulsão de Huijsen. Courtois salvou! O PSG será o adversário do Real na semifinal da próxima quarta-feira.

Escalações

Xabi Alonso manteve a equipe que iniciou os últimos dois jogos, incluindo o jovem Gonzalo Garcia no ataque. Mbappé seguiu no banco. A modificação ocorreu na função de alguns jogadores. Tchouaméni atuou como volante. Já Nico Kovac, que não teve o suspendo Jobe Bellingham, escalou Brandt como meia mais ofensivo. Sabitzer também recuperou espaço e Nmecha foi para a suplência.

O jogo

Mesmo sem necessariamente utilizar uma linha de três na saída de bola, o Real teve sua dupla de laterais muito participativa no campo de ataque. Avançaram sempre abertos, de forma simultânea, e participaram da construção dos gols no 1º tempo. Principalmente o segundo tento, marcado por Fran Garcia, que completou o cruzamento rasteiro do próprio Alexander-Arnold. Antes disso, o próprio Fran esteve envolvido na troca de passes que terminou no gol de Gonzalo Garcia aos nove minutos. Arda Guler recebeu de Vini e cruzou com perfeição. Era nítida a estratégia de acumular jogadores ao lado da grande área ao se aproximar dela. Pela esquerda ou pela direita, o Real explorou a dificuldade que os alemães tiveram de igualar o número de atletas adversários.

Gross e Brandt tentavam dobrar com Ryerson e Svensson, respetivamente, mas o movimento do time de um lado a outro era lento. No ritmo do forte calor que fez em Nova Jersey. Sabitzer não conseguia auxiliá-los. Sule e Bensebaini também não, e os merengues colocavam toda a qualidade para fora. Realizou lindas tramas coletivas. Vini Jr trabalhou ao lado de Gonzalo Garcia na maior parte do tempo. Como um atacante mais central. Não fez tantos movimentos para receber a bola aberto pela esquerda. Valverde e Belingham transitavam entre as linhas de defesa e meio do Dortmund, faziam uma dupla de meias à frente de Tchouaméni e Arda Guler. O turco se destacou com ótimos passes e muita visão de jogo.

Defensivamente o Real apresentou outra novidade. Montava uma linha de cinco atrás quando o Dortmund se aproximava da área, mas sem Tchouaméni dentro dela. O volante trabalhava em sua posição original, ao lado de Arda Guler, e Valverde protegia Arnold. O inglês ficou mais resguardado, como um zagueiro na última linha, e o uruguaio defendia aberto, combatendo Svensson. Gonzalo Garcia recuava pela direita e Vini Jr pela esquerda, ambos se alinhavam a Tchouaméni e Arda Guler quando o Real defendia em bloco baixo. Bellingham sobrava à frente. Esse cenário foi mais frequente a partir dos 25 minutos, quando o Dortmund aumentou sua posse de bola e se instalou perto da área espanhola. Sem, no entanto, criar qualquer chance de perigo.

O Dortmund tentou algumas ações com Svensson e Adeyemi pelo lado esquerdo. Chegou a assustar em cabeçada de Brandt antes do Real abrir o placar, mas esbarrou em uma área bem protegida pelos espanhóis. Até encontrava alguma liberdade pela intermediária. Não conseguia, no entanto, terminar as jogadas com perigo. Acabava sofrendo com contragolpes. Nico Kovac mexeu triplamente no intervalo. Yan Couto, Nmecha e Beier substituíram Sule, Gross e Adeyemi. Ryerson foi jogar como zagueiro. Beier e Nmecha deram agressividade ao time alemão pelo lado esquerdo do ataque.

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