Ream: Refino na ZFM e a luta pela igualdade industrial

Igualdade na ZFM: Refino também é indústria

DE Refinaria da Amazônia (Ream), operada pelo Grupo Atem, é a única refinaria do Norte do Brasil, uma região com desafios logísticos extremos e importância estratégica para a segurança energética nacional. Apesar de sua relevância, a indústria de refino amazonense enfrenta um tratamento desigual dentro da Zona Franca DE Manaus (ZFM), sendo excluída dos mesmos benefícios fiscais concedidos a todos os outros setores industriais. A ZFM, criada para corrigir distorções regionais e promover a equidade econômica, gerou um polo industrial na Região Norte que hoje emprega mais de 500 mil pessoas. Contudo, a ausência de incentivos fiscais para a indústria de refino amazonense desconsidera o princípio constitucional de equidade: tratar os desiguais na medida de sua desigualdade.

Sem esses benefícios, a operação de refino na Amazônia se torna economicamente inviável, comprometendo a competitividade da região e a sobrevivência de comunidades inteiras que dependem dessa atividade. Em 2024, a maior seca da história do Amazonas reforçou a importância da Ream. A refinaria movimentou mais de 500 milhões de litros DE combustíveis em apenas quatro meses, abastecendo 95 localidades isoladas e garantindo energia para mais de 2 milhões de pessoas. Negar incentivos a essa atividade é comprometer o abastecimento de uma região que já sofre com isolamento geográfico e custos elevados.

Recentemente, especulações desconexas levantaram a acusação DE que a Ream deixará de pagar R$ 3,5 bilhões em impostos DEvido a possíveis incentivos fiscais, caso a reforma tributária seja sancionada. Trata-se DE um ataque à indústria DE refino amazonense e à economia do Amazonas a partir DE afirmações levianas e irresponsáveis, que desconsideram completamente a realidade dos fatos. Alegações como essas, sem fundamento técnico ou jurídico, DE quem desconhece o modelo operacional da refinaria e os custos específicos logísticos e energéticos para se operar na região, desinformam a sociedade, e tentam deturpar a necessidade DE se incentivar um segmento industrial estratégico para a segurança energética e que atende milhões DE brasileiros em uma das regiões mais desafiadoras do país.

Sem o incentivo ao refino, o custo do transporte de combustíveis aumenta, encarecendo ainda mais a vida DE quem já enfrenta grandes desafios por morar na Amazônia. Ao mesmo tempo, perde-se uma oportunidade crucial DE gerar empregos, arrecadar tributos e estimular a economia local. Cabe lembrar que o Grupo Atem, controlador da refinaria, recolheu em 2023 mais DE R$ 4,9 bilhões em tributos federais, estaduais e municipais. Garantir ao refino os mesmos benefícios DE outras indústrias do Polo Industrial DE Manaus é, mais DO que uma questão DE justiça, uma declaração DE compromisso com o desenvolvimento sustentável, a equidade e a justiça social na Amazônia.

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Prefeitura de Manaus deve liberar Praia da Ponta Negra após flagrante de banhistas: Entenda.

Após flagrante de banhistas, a Prefeitura de Manaus deve anunciar a liberação da Praia da Ponta Negra. Segundo a prefeitura, a liberação do banho será possível devido à subida das águas do Rio Negro, que ultrapassou a cota de emergência de 16 metros. Com a seca severa, a praia da Ponta Negra, principal balneário de Manaus, estava interditada para banho.

A Prefeitura de Manaus fará o anúncio das ações para a liberação da Praia da Ponta Negra nesta quinta-feira (26). O anúncio vem após o flagrante feito pela Rede Amazônica de banhistas desrespeitando os avisos de interdição para banho, que estão em vigor desde 17 de setembro. A liberação do banho na praia será possível devido ao aumento do nível do Rio Negro, que atingiu 17,09 metros na terça-feira (24), ultrapassando a cota de emergência de 16 metros.

A prefeitura informou, por meio de nota, que o anúncio oficial sobre a liberação do banho na Praia da Ponta Negra será feito às 9h de quinta-feira (26), no anfiteatro do complexo turístico, na Zona Oeste de Manaus. Apesar do anúncio, o local permanece interditado no feriado de Natal, pois na quarta-feira (25) ainda foi possível flagrar banhistas desrespeitando as placas de interdição e vandalizando a cerca que delimita a área interditada.

O monitoramento das condições de banho na praia foi intensificado nos últimos 15 dias pela Prefeitura de Manaus, que solicitou laudos e relatórios do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e do Corpo de Bombeiros. A interdição da Praia da Ponta Negra foi necessária devido à proximidade do fim do aterro perene e ao leito natural do Rio Negro, que pode apresentar alterações no terreno durante os movimentos de cheia e vazante.

Em 2013, a Prefeitura de Manaus assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), resultando na adoção de normas para o uso da praia. De acordo com o TAC, a interdição pode ser aplicada sempre que laudos e relatórios comprovarem que as condições da praia se tornam impróprias para os banhistas, como ocorreu este ano após o Rio Negro atingir 12,11 metros, o menor nível já registrado em mais de 120 anos de medição.

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