Rebeldes anunciam cessar-fogo no Congo por questões humanitárias
Segundo a Aliança do Rio Congo (AFC), coalizão de grupos rebeldes que inclui o
M23, cessar-fogo começa na terça-feira (4/2)
A Aliança do Rio Congo (AFC) anunciou um cessar-fogo por questões humanitárias
em meio à ofensiva no leste do Congo.
De acordo com a coalização de grupos rebeldes, que inclui o M23,
a decisão foi divulgada nesta segunda-feira (3/2).
CAOS NO CONGO
Desde 26 de janeiro, o Congo enfrenta uma nova onda de violência envolvendo
grupos rebeldes e o governo do país. A mais recente ofensiva de rebeldes é liderada pelo M23, que faz parte da
Aliança do Rio Congo (AFC). Eles já dominam grande parte da cidade de Goma,
no leste do país. Segundo os rebeldes, a ofensiva visa defender os interesses da minoria tutsis
no Congo. O grupo étnico foi alvo de um genocídio em Ruanda, país que faz
fronteira com o território congolês, na década de 1990.
Em um comunicado, a AFC/M23
informou que o cessar-fogo entra em vigor na terça-feira (4/2), devido à crise
humanitária que se alastra pelo país após a intensificação dos combates. Os
rebeldes culpam as Forças Armadas da República Democrática do Congo (FARDC), o
exército regular do Congo, de atacar civis de forma deliberada.
Além disso, os rebeldes afirmaram que não têm intenção de avançar sobre a cidade
de Bukavu após as conquistas em Goma, e pediram a retirada de tropas da Missão
da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral na República Democrática do
Congo (SAMIDRC)
do país.
Até o momento, o governo congolês ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Segundo o Ministério da Saúde do país, mais de 700 pessoas já morreram em Goma
após o avanço da AFC/M23.
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