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A remoção das cerca de 130 pessoas que ocupavam um terreno no Centro do Rio de forma irregular gerou polêmica e indignação. As autoridades, representadas por guardas municipais e policiais militares, realizaram o despejo e deixaram as famílias na rua, aguardando assistência social da prefeitura. O comunicado da Secretaria Municipal de Ordem Pública ressaltou que as equipes permaneceriam no local para impedir o retorno dos invasores até que a entrada fosse fechada de forma definitiva.
Segundo relatos de lideranças da ocupação, as famílias chegaram ao imóvel localizado na Rua Acre na última sexta-feira e a remoção ocorreu de forma truculenta, com o uso de cassetetes e spray de pimenta. Além disso, questionaram a falta de apresentação de ordem de despejo ou documento de reintegração de posse. A situação se tornou ainda mais delicada devido à presença de bebês e crianças que foram expulsos juntamente com os pais.
A interdição da Rua Acre na altura da Rua Beneditinos foi necessária após o despejo, impactando o tráfego que está sendo desviado para a Avenida Rio Branco. O GLOBO aguarda pronunciamento oficial da Polícia Militar sobre o ocorrido e ações tomadas durante a remoção. Enquanto isso, a população aguarda por mais informações e esclarecimentos sobre o despejo que resultou na situação precária das famílias desabrigadas.
O caso levanta questões sobre políticas públicas habitacionais e assistência social para populações em vulnerabilidade social. A falta de moradia digna e a fragilidade das famílias que buscam abrigo em imóveis abandonados ou desocupados é um reflexo da desigualdade social e da falta de acesso aos direitos básicos. É fundamental que as autoridades públicas busquem soluções efetivas e humanitárias para situações como essa, garantindo o respeito aos direitos humanos e a dignidade de todas as pessoas envolvidas.
Enquanto isso, a mobilização de movimentos sociais e organizações não governamentais se faz necessária para oferecer apoio às famílias desabrigadas e pressionar por medidas que garantam a segurança e o bem-estar de todos. A sociedade civil também tem papel fundamental em acompanhar de perto casos como esse, cobrando transparência e responsabilidade das autoridades envolvidas. A luta por moradia digna e direitos iguais para todos deve ser uma prioridade em um país que ainda enfrenta desafios significativos em relação à desigualdade social e à exclusão de segmentos mais vulneráveis da população.