Um navio com uma carga milionária de combustível foi retido pela Receita Federal no porto do Rio de Janeiro durante a Operação Cadeia de Carbono, que aconteceu na última sexta-feira. O navio estava na fila para descarregar a carga avaliada em R$ 240 milhões quando foi interceptado pelos agentes da Receita. Outro navio com carga semelhante foi interceptado em Alagoas, na Região Nordeste do Brasil, e está sendo escoltado pela Marinha do Brasil até o Rio de Janeiro, que era o destino final da carga importada.
O secretário da Receita Federal, Robinson Sakyiama Barreirinhas, explicou que as investigações apontam que empresas sem estrutura física ou financeira estavam sendo usadas como fachada para importar os combustíveis milionários. A suspeita é que grandes empresas estejam por trás das operações de importação de combustíveis, usando contratos complexos para esconder os verdadeiros responsáveis. Essas empresas eram supostamente usadas como laranjas, ocultando os verdadeiros donos das mercadorias e o caminho do dinheiro.
De acordo com Robinson, dezenas de bilhões de reais podem ter sido sonegados na operação de importação e venda do combustível retido pela Receita Federal. Ele ressaltou a importância de combater a fraude na ocultação do real destinatário e na origem do dinheiro utilizado nessas operações. Desde 2023, as investigações relacionadas ao setor de combustíveis foram reforçadas e uma equipe especializada foi criada para combater as fraudes estruturadas.
As cargas retidas durante a Operação Cadeia de Carbono serão destinadas de forma ambientalmente segura ou economicamente viável, caso não sejam produtos ilícitos. O secretário informou que as informações coletadas durante a operação serão levadas ao judiciário para garantir a manutenção da retenção da mercadoria. Além disso, a legislação aduaneira está sendo alterada para endurecer a regulação da importação de combustíveis, sem prejudicar as empresas de alta conformidade.
Haddad, um dos responsáveis pela operação, revelou que as fraudes na importação de combustíveis podem chegar a bilhões de reais. A Receita Federal está intensificando suas ações para combater esses crimes, investigando a estrutura criminosa por trás das operações fraudulentas. A cooperação entre todos os órgãos de estado e o uso da inteligência de dados são fundamentais para combater as organizações criminosas envolvidas nesse tipo de fraude. É essencial investigar e desmantelar essas estruturas a fim de garantir a integridade do mercado e a arrecadação de tributos.