Recém-nascido é encontrado morto em lote baldio de Luziânia

A história de um bebê recém-nascido chocou os moradores de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, após ele ser encontrado morto em um lote baldio, nesta terça-feira, 25. A criança, que apresentava um ferimento na cabeça, estava enrolada em um pano no meio da vegetação do local.

O corpo da vítima foi encontrado por um morador do bairro Cidade de Osfaya, que acionou o Corpo de Bombeiros para socorrer o bebê. No entanto, o recém-nascido já estava sem vida quando a corporação chegou no local. Equipes da Polícia Militar (PM) e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também compareceram no lote baldio.

Segundo o delegado, Fellipe Guerrieri, ainda são se sabe a idade e a causa da morte do feto. No entanto, um laudo cadavérico está sendo realizado para tentar identificar como bebê morreu. O caso, conforme o investigador, é investigado como infanticídio.

“Os indícios iniciais apontam para um cadáver de recém-nascido do sexo masculino, com lesão aparente na cabeça. Já estamos diligenciando para identificar os pais e eventuais participantes do ato. Os principais suspeitos do crime são os pais da criança. Informações preliminares apontaram que os suspeitos residem na cidade. Ainda não sabemos o que pode ter motivado o crime”, explicou

Ainda de acordo com o investigador, a criança nasceu com vida. Ou seja, ela pode ter sido abandonado ainda viva no local. Caso sejam condenados, os pais do bebê e outros coautores podem responder por homicídio ou infanticídio. O infanticídio, inclusive, depende da constatação de que a mãe participou do crime e agiu sob influência do puerpério (resguardo).

Como a polícia ainda não possui maiores informações sobre a autoria do crime, o delegado do caso pede para que, se a população tiver alguma informação, que acione os agentes civis pelo DISQUE 197 ou pelo telefone de contato (61) 3601-2397.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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