Última atualização 08/10/2023 | 15:31
O Hezbollah lançou mísseis e artilharias contra três pontos nos campos de Shabaa, uma região disputada na fronteira entre Israel e Líbano. Conforme divulgado na manhã deste domingo, 08, a invasão do Hamas a Israel já deixou quase mil mortos e aproximadamente 4 mil feridos.
O líder do grupo armado, Hashem Safi al-Din, responsabilizou os Estados Unidos e Israel pelo ataque. Segundo ele, em mensagem encaminhada aos dois países, a violação aos locais islâmicos, assim como a “ultrapassagem dos limites” conduziram a operação palestina. O líder salientou também que a nação islâmica se juntará ao “Dilúvio de al-Aqsa” se os países persistirem. A informação foi divulgada pelo The Times of Israel.
De acordo com o grupo libanês, o ataque foi uma demonstração de “solidariedade” aos palestinos com a operação terrestre, marítima e área lançada pelo Hamas. “A resistência islâmica atacou três oposições do inimigo sionista nos campos de Shabaa ocupados com um grande número de projéteis de artilharia e mísseis guiados”, disse em comunicado.
O Exército israelense, por sua vez, informou que atingiu com um drone uma “infraestrutura terrorista do Hezbollah” em Har Dov, região que faz fronteira. Então, as tensões tiveram continuidade em uma troca de tiros com forças do Hezbollah. O porta-voz do Exército de Israel, Richard Hecht, afirmou que recomendam ao Hezbollah que não intervenha e que “se isso acontecer, estaremos prontos”.
Evasão
Diante da série de acontecimentos, israelenses que moram em cidades que fazem fronteira com o Líbano tiveram que atender às recomendações dos sistemas de segurança de Israel, que consiste em deixar as próprias casas voluntariamente e irem para regiões localizadas ao sul. As cidades próximas à fronteira contam com equipes de emergência e trabalhadores essenciais.
Israel x Hezbollah
O Hezbollah é um dos maiores inimigos de Israel e são apoiados pelo Irã, com laços estreitos com o Hamas, grupo que governa a Faixa de Gaza. Hezbollah e Israel se envolveram em uma guerra, em 2006, deixando mais de 1.200 mortos no Líbano e 160 no país israelense.
A Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL) pediu “contenção” para que seja evitada uma “nova escalada”. Segundo a Força, eles detectaram “vários foguetes disparados do sul do Líbano em direção ao território ocupado por Israel”.
A coordenadora da missão da ONU no Líbano, Joanna Weonecka, escreveu no X, antigo Twitter, que estava preocupada com a troca de tiros. Ela ainda pediu que as partes “protejam o Líbano e seu povo de novas conflagrações”.
No sábado, Hezbollah afirmou estar em contato com líderes dos grupos de resistência palestinos e que a ofensiva contra Israel é “uma resposta decisiva à ocupação contínua de Israel e uma mensagem para aqueles que buscam a normalização com Israel”.