O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgou dados animadores nesta quarta-feira, 23, referentes a criação de empregos formais (com carteira assinada) no mês de novembro. Com 1.532.189 contratações e 1.117.633 demissões, o pais terminou com um saldo positivo de 414.556 novos postos de trabalho.
O Ministério da Economia avaliou que este é o maior número para um mês, desde o começo da série história, que teve início em 1992, há 28 anos atrás. Para se ter uma ideia do avanço, no mesmo mês do ano passado, o Brasil abriu 99.232 novas vagas formais: menos de 1/4 do resultado atual.
Este já é o quinto mês seguido de saldos positivos: em outubro (mês passado), o saldo foi de 394.989 novos postos. Mesmo assim, segundo o IBGE, o Brasil encerra novembro com 14 milhões de desempregados, que significa um aumento de 2% em relação a outubro.
Em maio, o Brasil tinha “apenas” 10 milhões de desempregados. As demissões e perdas de postos de trabalho podem ser explicadas pelo contexto da pandemia, em que diversos setores da economia, em crise, perderam funcionários. Os números recorde de geração de empregos neste fim de ano podem ser justificados pela simples retomada dos comércios e das admissões.
Mesmo assim, o resultado da “véspera da véspera” do Natal é um indicativo positivo, apontando para uma gradual ‘normalização’ dos setores econômicos. Paulo Guedes, ministro da Economia, comemorou: “os números estão aí, um ano de criação líquida de empregos em plena pandemia. Eu não imagino que isso possa ter acontecido em qualquer outro país do mundo, pelo menos no mercado formal de trabalho”, apontou.
E aproveitou para fechar um dos anos mais difíceis economicamente, com um recado aos brasileiros: “O que espero agora é que vocês tenham, se mantenham em boa saúde, celebrem a vida com as famílias e, para o ano que vem, nossa esperança e nosso trabalho vai ser a vacinação em massa pra salvar vidas, garantir um retorno seguro ao trabalho e garantir a retomada do crescimento econômico brasileiro”, desejou o ministro.