MP-SP entra com recurso contra decisão da Justiça de soltar viúva de comerciante
morto após descobrir traição
O promotor de Justiça do MP-SP, Rafael Viana de Oliveira Vidal, protocolou um
recurso solicitando que a Justiça decrete a prisão preventiva de Rafaela Costa
da Silva, solta nesta sexta-feira (14). Ela foi liberada após a Justiça
considerar que ela não teve participação direta no homicídio de Igor Peretto.
Caso Igor Peretto: entenda o assassinato do comerciante que descobriu traição
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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com um recurso contra a decisão
da Justiça que mandou soltar Rafaela Costa da Silva,
[https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/10/17/caso-peretto-justica-manda-soltar-viuva-de-comerciante-morto-apos-descobrir-traicao-irma-e-cunhado-vao-a-juri-popular.ghtml]
viúva do comerciante Igor Peretto. Ele foi assassinado a facadas dentro do
apartamento da irmã
[https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2024/11/07/caso-igor-peretto-o-que-se-sabe-sobre-morte-de-comerciante-apos-descobrir-caso-da-esposa-com-irma-e-cunhado.ghtml]em
Praia Grande [https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/cidade/praia-grande-sp/], no
litoral de São Paulo, no dia 31 de agosto de 2024.
Após o crime, o MP-SP denunciou Rafaela (viúva), Marcelly Peretto (irmã por
parte de pai) e Mário Vitorino (cunhado) por premeditar o crime, alegando que a
vítima era vista como um “empecilho no triângulo amoroso”
[https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2024/11/04/cunhado-irma-e-viuva-de-comerciante-fizeram-plano-mortal-para-se-livrarem-da-vitima-empecilho-no-triangulo-amoroso-diz-mp.ghtml]
formado entre eles.
No entanto, em decisão publicada na quinta-feira (16), o juiz Felipe Esmanhoto
Mateo desclassificou Rafaela da denúncia
[https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2025/10/17/caso-peretto-justica-manda-soltar-viuva-de-comerciante-morto-apos-descobrir-traicao-irma-e-cunhado-vao-a-juri-popular.ghtml],
alegando que a acusada não estava no apartamento no momento do crime e as provas
colhidas durante o processo não foram suficientes para constatar que ela teve
participação no assassinato. Ele determinou que Marcelly Peretto e Mario
Vitorino, irmã e cunhado da vítima, sejam submetidos ao júri popular pelo crime.
No recurso, o promotor solicitou que além de ser pronunciada, Rafaela tenha a
prisão preventiva decretada novamente.
Em nota, o advogado Yuri Cruz, que representa Rafaela, informou que os pedidos
do MP-SP para pronúncia e prisão preventiva da cliente não devem ser acolhidos
pela Justiça.
O juiz Felipe Esmanhoto Mateo determinou a pronúncia de Mario e Marcelly para
que eles fossem submetidos a júri popular pelo crime de homicídio triplamente
qualificado: por motivo torpe (relacionamento entre os acusados), meio cruel
(diversos golpes de faca) e recurso que dificultou a defesa (vítima desarmada e
atacada por pessoa de seu relacionamento próximo).
O crime aconteceu em 31 de agosto, no apartamento de Marcelly Peretto. Dentro do
imóvel estavam a vítima, Marcelly e Mário Vitorino. Rafaela chegou com Marcelly
ao apartamento, mas o deixou 13 segundos antes do marido chegar com o suspeito
pelo assassinato.
O advogado Felipe Pires de Campos, assistente de acusação que representa a
família de Igor Peretto, informou que a família está confiante com o recurso
apresentado contra a sentença que favoreceu a viúva.