A Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar desclassificou sete candidatos do concurso de residência médica de 2025 por suspeita de fraude. Os concorrentes acertaram 94 das 100 questões e tiraram notas idênticas também nas subdivisões temáticas. O resultado do concurso foi suspenso para revisão de todas as provas. Segundo a Prefeitura de Campinas (SP), o Ministério Público (MP-SP) foi acionado para apurar o possível crime e houve abertura de um processo administrativo para penalizar a empresa contratada para aplicar as provas.
A suspeita de fraude foi denunciada nas redes sociais por outros candidatos. Uma avaliação feita pela empresa indicou que “notas idênticas em provas de múltipla escolha são comuns, mas o que é estatisticamente incomum são as coincidências das alternativas assinaladas para as questões em desacordo com o gabarito”.
A g1 solicitou um posicionamento à empresa diante da suspeita de fraude, e o texto será atualizado assim que a empresa se manifestar. O concurso de residência médica da Rede Mário Gatti somou 2.373 inscrições para 123 vagas, distribuídas em 20 especialidades, totalizando uma concorrência de 19,2 candidatos por vaga. As vagas foram divididas da seguinte forma: 109 vagas para residência médica, com 2.188 inscritos; 12 vagas para residência multiprofissional, com 78 inscritos; e 2 vagas para residência bucomaxilofacial, com 107 inscritos.
A empresa Consesp, contratada por meio de licitação pública para aplicar as provas, será alvo de um processo administrativo devido à suspeita de fraude no concurso. A Rede Mário Gatti está tomando as medidas necessárias para esclarecer o ocorrido e garantir a lisura do processo. É fundamental que casos de fraude sejam investigados e punidos para manter a credibilidade e a transparência em concursos públicos e processos seletivos. A população deve poder confiar na idoneidade desses processos, que têm como objetivo selecionar os profissionais mais qualificados para ocupar cargos essenciais na área de saúde.