Rede social X dribla bloqueio no Brasil usando serviço de proxy reverso

Uma mudança no registro dos servidores da rede social X permitiu que usuários brasileiros voltassem a acessar a plataforma, apesar de uma ordem judicial de bloqueio imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A rede social, de propriedade de Elon Musk, adotou um serviço de proxy reverso fornecido pela Cloudflare, o que dificultou o cumprimento da decisão judicial, de acordo com os provedores de internet responsáveis pela restrição.

O serviço contratado pela X funciona como um “escudo” para proteger os servidores da rede social, redirecionando o tráfego por novas rotas e mascarando o IP real do servidor. Isso torna o bloqueio mais difícil, segundo Basílio Rodríguez Perez, conselheiro da Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações (ABRINT). “O X agora utiliza IPs da Cloudflare, o que torna quase impossível o bloqueio sem afetar outros serviços legítimos e essenciais que também rodam nessa rede”, explicou.

A Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) e as provedoras de internet estão em contato para avaliar como implementar o bloqueio efetivo, já que o IP registrado pertence agora à Cloudflare, uma empresa que também presta serviços a grandes empresas brasileiras, como bancos. O uso do proxy reverso é comum para aumentar a segurança e a eficiência de sites e aplicativos, funcionando como um intermediário entre os usuários e os servidores, ao mesmo tempo em que esconde o IP verdadeiro.

Pedro Diógenes, diretor técnico da empresa de tecnologia CLM, esclareceu que o serviço é utilizado legitimamente por grandes corporações para proteger seus servidores de ataques diretos. “É como uma barreira invisível que protege a infraestrutura sem prejudicar a experiência dos usuários”, acrescentou.

Apesar da aparente instabilidade no bloqueio, a decisão judicial que suspende o acesso à rede social permanece em vigor, e a Anatel segue investigando relatos de usuários que conseguiram acessar a plataforma após a implementação da mudança nos servidores.

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WhatsApp, Instagram e Facebook enfrentam instabilidades nesta quarta-feira

Na tarde desta quarta-feira, 11, os aplicativos WhatsApp, Instagram e Facebook, pertencentes à Meta, apresentaram instabilidades que afetaram os usuários. Segundo o Downdetector, plataforma que monitora serviços online, os primeiros registros de falhas começaram por volta das 14h40, atingindo um pico de mais de 25 mil notificações acumuladas.

Os problemas foram relatados tanto nas versões mobile quanto desktop. No WhatsApp, as mensagens não carregavam, impossibilitando o envio e o recebimento. No Instagram e Facebook, os usuários não conseguiam publicar conteúdos ou acessar funcionalidades essenciais das plataformas.

Nas redes sociais, termos como “WhatsApp caiu”, “Instagram fora do ar” e “Facebook fora do ar” ganharam destaque no Google Trends, refletindo o aumento repentino nas buscas relacionadas às falhas. Pelo X, antigo Twitter, muitas pessoas relataram dificuldades, reforçando que o problema afetou todos os serviços da Meta de forma simultânea.

Após o horário de pico, as notificações de falhas começaram a apresentar redução gradativa, mas as redes sociais continuaram instáveis para uma parcela dos usuários.

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