RedeMob propõe fechar terminais de Goiânia

A Rede Metropolitana de Transportes Coletivos (RedeMob) propõe a interdição de terminais de Goiânia para conter a aglomeração de pessoas e evitar a propagação da Covid-19. A rede alega que a redução da demanda de passageiros nos horários de pico em mais de 70% na RMTC não foram significativos. “Mesmo com o investimento das empresas consorciadas ao RedeMob Consórcio na higienização dos terminais, ônibus e nas ações preventivas junto de seus funcionários, é absolutamente natural que esses equipamentos que foram implantados com a função de fazer a concentração de pessoas vindas dos mais diversos bairros com destino ás mais diversas direções, contribuam negativamente para o isolamento social”, relata.

De acordo com a empresa, o escalonamento de horários determinados pela Prefeitura de Goiânia também não foi suficiente surtiu o efeito necessário. ” Nos horários de pico, especialmente nos terminais de integração que são os locais de conexão das linhas que compõem a RMTC, ainda permanecem com aglomeração de pessoas”. Assim, o RedeMob Consórcio sugere que os terminais sejam interditados temporariamente. A medida precisa ser discutida com as autoridades públicas e especialistas a fim de ser autorizada pela CMTC, responsável pela gestão do transporte público coletivo, para que seja implantada de acordo com a sugestão do projeto.

“Nós temos visto um lockdown de 14 dias no Estado de Goiás, mas os terminais de ônibus continuam funcionando com elevada concentração de pessoas. Acreditamos que se faz necessário interditar temporariamente e imediatamente os terminais de ônibus da grande Goiânia, uma medida essencial para combater o coronavírus. Nada se compara à saúde pública e a vida das pessoas em um momento tão conturbado de pandemia”, avalia o diretor executivo do RedeMob Consórcio, Leomar Avelino.

A ação a curto prazo propõe interditar temporariamente os terminais de integração da RMTC. A operação do serviço pretende criar linhas diretas dos bairros mais populosos (origem), para os locais com maior demanda (destino), o que encurtará o tempo de viagem do usuário, eliminando o transbordo nos terminais.Também é proposto a concentração da oferta de viagens nas linhas de eixo com maior demanda, o que vai diminuir o tempo de espera nos pontos e a quantidade de pessoas dentro dos ônibus.

Além disso, a proposta pretende transferir parte da oferta de viagens das linhas alimentadoras de bairros menos populosos para as linhas de Eixo. O usuário terá que programar suas viagens pelo aplicativo SimRmtc, para que fique menos tempo esperando no ponto de embarque. Caso necessário, algumas alterações serão realizadas mediante alteração, exclusão e/ou criação de novas linhas. O período da interdição será enquanto durar as ações governamentais de intervenção social e combate ao coronavírus. O período para implantação é de 11 a 23 de julho de 2020.

Em nota a Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos (CMTC), diz que aguarda a proposta técnica para avaliar a sua aplicação sem gerar prejuízos à operação, e afirma apoiar ações que promovam melhoria ao usuário  neste período de pandemia.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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