Redenção da Serra enfrenta alagamentos e deslizamentos após forte chuva

Com maior acumulado de chuva do estado, Redenção da Serra registra alagamento, deslizamento de terra e queda de muros e árvores

Apesar do volume de chuva e dos estragos registrados, não houve feridos. A ponte de acesso do bairro das Paineiras, em Redenção da Serra, ficou danificada por conta da chuva, conforme divulgado pela Defesa Civil. Redenção da Serra alcançou o maior índice de chuva em São Paulo, com 102 milímetros nas últimas 24 horas. Outras cidades da região também foram impactadas, como Natividade Da Serra (79), Cunha (77), Ubatuba (75), São Luiz do Paraitinga (55) e Lagoinha (53).

Por causa do temporal, Redenção da Serra sofreu diversas ocorrências, principalmente no bairro das Paineiras, que está intransitável devido a deslizamentos de terra. Pontes e tubos foram danificados, levando à interdição de trechos no local. Houve também queda de barreira no bairro do Pinheirinho, com máquinas da prefeitura atuando na remoção. A região central da cidade enfrentou pontos de alagamento e quedas de muro.

Em São Luiz do Paraitinga, três casas foram alagadas, mas não houve necessidade de realocar os moradores. Em Redenção da Serra, outras áreas registraram alagamentos e deslizamentos, causando transtornos à população. Apesar das adversidades, não houve vítimas nem desabrigados. A Defesa Civil municipal acompanha de perto a situação e presta auxílio onde necessário.

Diante da situação de calamidade provocada pela chuva, é fundamental a atuação conjunta das autoridades e da população para a recuperação das áreas afetadas. Os cuidados com a infraestrutura urbana e com as condições climáticas devem ser redobrados, visando prevenir novos incidentes. A solidariedade e a cooperação são essenciais para a superação dos desafios enfrentados por Redenção da Serra, São Luiz do Paraitinga e demais municípios da região. Recursos e apoio humanitário são fundamentais nesse momento de reconstrução.

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Colecionadores de presépios unem fé e arte no Natal do Alto Tietê: conheça as histórias de Roberto Lemes Cardoso e José Carlos Maziero

Colecionadores de presépios do Alto Tietê unem fé e arte para cultivar a tradição do Natal

Paixão por presépios, tradição que é um dos símbolos do Natal, virou motivo de colecionismo de Roberto Lemes Cardoso, de Guararema, e José Carlos Maziero, de Poá.

Colecionadores de presépios unem fé e arte para celebrar o Natal no Alto Tietê

Entre peças maiores e miniaturas, Roberto Lemes Cardoso tem cerca de 80 presépios. Para o colecionador, as peças fazem parte da história dele, uma tradição de família.

Segundo o aposentado, a coleção começou quando uma amiga foi ao Peru e ele pediu um presépio. A partir daí, ele acabou despertando o interesse na interpretação de povos, de lugares e artistas que confeccionam as peças e na diferença cultural que existe a partir dos presépios.

“O presépio, na verdade, é a manjedoura. Só que hoje se estende mais, alguns são só a sagrada família, mas se coloca muito pastores, cordeiros. O boi e o burro não são do presépio original, não estão na bíblia, mas eles têm um significado que foi acrescentado à gente ao logo da história”, conta Roberto.

Como ele viajava bastante a trabalho, naturalmente outros presépios começaram a chegar.

“Eu, como colecionador, não me interesso muito por ter 300 presépios, 500 presépios. Mas presépios que digam alguma coisa de algum lugar, de alguma época, de alguma pessoa, de algum artista, enfim”.

Roberto divide a coleção em três categorias: itens para a casa dele, que é mais pessoal; os presépios voltados para eventos religiosos, elaborados com foco na fé e na espiritualidade; e os que representam a expressão cultural e artística, refletindo diferentes tradições e culturas ao redor do mundo. Mas ele conta que não há uma peça especial.

“Uma hora você gosta mais, mas aí você vê o outro. É que nem filho, não tem um especial, não tem um preferido. É difícil. Inclusive, tenho uns ali que são de papel. Cheguei a comprar um que você desmontava a caixa de panetone e montava um presépio com as figuras que vinham junto. Então, isso também acho interessante”.

O presépio é uma tradição cristã. Tradicionalmente, é montado no início do advento e desmontado no dia 6 de janeiro e representa o local onde nasceu Jesus Cristo, em Belém, na atual Palestina. Retrata a cena do nascimento, com elementos como Maria, José, os pastores, anjos e os animais, como forma de celebrar a fé e o espírito natalino.

Na casa de José Carlos Maziero, em Poá, o presépio é uma grande maquete, cheia de histórias para contar, com cerca de cinco metros e todo montado pelo aposentado. Segundo ele, são necessários cerca de três meses para a montagem. Ele conta que a paixão começou com o nascimento dos filhos.

“Eu resolvi pegar as pinhas do quintal e fazer aquela casinha. Da casinha, começou a sair tudo. Aí eu queria fazer com a minha filha. Comecei a fazer pra minha filha. Depois veio o menino, aí eu comecei a fazer pro menino. Aí não parei mais, aí tô fazendo até hoje”.

Cheia de movimentos e elementos, a arte impressiona. Desde a primeira casinha feita com pinhas, onde fica a manjedoura, até os barris de vinho feitos de rolha e as parreiras de uva feitas de alpiste de passarinho, até as folhas das árvores feitas com espuma de esponja de lavar louça. Muita criatividade e dedicação que, com a aposentadoria, fez ele trocar a solda pela delicadeza dos trabalhos manuais.

Na construção do presépio, os reis magos saem cada um de um ponto da maquete rumo à manjedoura, onde brilha a estrela à espera da chegada do menino Jesus. Para José Carlos, a tradição do presépio é uma forma mágica de resgatar a fé.

“Na noite de Natal, a minha família vem até aqui. Ou quando era lá embaixo, era lá embaixo, quando era na sala, era na sala. E a gente faz uma prece. Aí nós fazemos a prece do pai nosso, ave maria. Aí cada um se abraça, dá um abraço bem doce, e é assim que a gente faz. Aí sim coloca o menino Jesus. Acabou de colocar, aí a gente faz as preces”, explica José Carlos.

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