Redução significativa da pobreza infantil no Amazonas: avanços e desafios em 2023

O índice de crianças e adolescentes vivendo na pobreza no Amazonas apresentou uma redução significativa de 9,9% entre 2019 e 2023, conforme apontado pela Unicef. De acordo com os dados divulgados, em 2023, houve uma diminuição de 88,6% para 78,7% nesse índice na região. Este avanço é atribuído, em parte, ao Novo Bolsa Família, que tem contribuído para a redução da extrema pobreza na população.

Segundo o estudo, o número de crianças e adolescentes em situação de pobreza no Amazonas foi de 1.092 em 2023. Esse levantamento baseia-se em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, considerando não apenas a renda familiar, mas também outros sete pontos avaliados, como educação, acesso à informação, água, saneamento, moradia e proteção contra o trabalho infantil.

Em relação aos indicadores de privação, o estudo apontou que uma parcela significativa de crianças e adolescentes enfrentam desafios em diferentes áreas. Por exemplo, 10,2% estavam privadas de educação, 10,4% de informação, 4,8% em situação de trabalho infantil, 26,4% sem moradia adequada, 14,8% sem acesso a água potável e 60,2% sem acesso a saneamento. Estes números revelam a complexidade da realidade desses jovens.

No cenário nacional, a Unicef divulgou que o número de crianças e adolescentes vivendo em situação de pobreza diminuiu de 34,3 milhões em 2017 para 28,8 milhões em 2023. Apesar dessa melhora de 16%, ainda há um longo caminho a percorrer. Os dados mostram que mais da metade da população de 0 a 17 anos no Brasil ainda enfrenta a chamada “pobreza em suas múltiplas dimensões”.

Entre os estados com os piores índices de privação estão Pará, Maranhão, Rondônia e Amapá, com altas porcentagens de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Por outro lado, São Paulo, Distrito Federal e Minas Gerais se destacam como unidades da federação com melhores índices em relação à privação de direitos fundamentais.

Em 2023, seis estados do Brasil possuíam mais de 80% das crianças com privação de algum dos direitos fundamentais, concentrando-se principalmente nas regiões norte e nordeste do país. Esses dados ressaltam a importância de políticas e ações efetivas que possam garantir o bem-estar e a proteção das crianças e adolescentes em todo o território nacional.

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