Reeducandas do Sistema Prisional em Goiás participam de desfile de moda

Mais de 200 reeducandas da Casa de Prisão Provisória (CPP) e Penitenciária Consuelo Nasser, do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, terão uma manhã de festa na próxima sexta-feira (10), a partir das 9h. A Superintendência de Reintegração Social e Cidadania da Superintendência Executiva de Administração Penitenciária (SEAP) realiza, juntamente com entidades parceiras, um café da manhã com desfile de modas para comemorar o Dia Internacional da Mulher (dia 8). No total, 12 internas se inscreveram e vão participar do desfile, concorrendo ao título de Miss Liberdade, concurso que prevê a premiação dos três primeiros lugares.

Segundo o superintendente Sidney Costa e Souza, o objetivo do evento é homenagear as mulheres que aguardam recurso ou julgamento ou foram julgadas e cumprem pena no Complexo de Aparecida de Goiânia. Atualmente, 60 reeducandas estão reclusas na Penitenciária Consuelo Nasser e outras 159 estão aguardando julgamento na Casa de Prisão Provisória. “Vamos propiciar que elas festejem o Dia da Mulher com um café da manhã especial e desfile com corpo de jurados e premiação”, afirma o superintendente.

Ainda de acordo com o superintendente, por questões de logística, as internas da Penitenciária Consuelo Nasser serão transferidas para a CPP, onde há mais espaço para as comemorações. Além de contar com o apoio das unidades prisionais, a Superintendência de Reintegração Social e Cidadania da SEAP, da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSPAP), conta com o apoio de algumas instituições, entre elas a Delegacia de Atendimento à Mulher de Aparecida de Goiânia e a prefeitura do município.

Sidney Costa e Souza afirma que, esta é uma das datas do calendário das mulheres internas no Complexo de Aparecida que passam a ser festejadas como medida de socialização e de valorização da mulher. “Muitas delas participam de atividades na indústria de confecção e também querem estudar; este será um próximo passo”, acentua o superintendente, ao explicar que está sendo feito o levantamento para identificar escolaridade das reeducandas e, assim, propor um plano de educação para aquelas que se interessarem.

Conforme assegura o Sidney, a Superintendência de Reintegração Social desenvolve vários projetos no Complexo Prisional de Aparecida. Além da indústria de confecções e teares que está sendo ampliada, alguns outros estão em fase de planejamento, como o de aproveitamento de lixo orgânico e o projeto de piscicultura. Segundo ele, Goiás é também referência para outros estados no que se refere a esforços para reintegrar internos do sistema penitenciário.

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Taxa de desemprego entre mulheres foi 45,3% maior que entre homens

A taxa de desemprego entre as mulheres ficou em 7,7% no terceiro trimestre deste ano, acima da média (6,4%) e do índice observado entre os homens (5,3%). Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o IBGE, o índice de desemprego das mulheres foi 45,3% maior que o dos homens no terceiro trimestre do ano. O instituto destaca que a diferença já foi bem maior, chegando a 69,4% no primeiro trimestre de 2012. No início da pandemia (segundo trimestre de 2020), a diferença atingiu o menor patamar (27%).

No segundo trimestre deste ano, as taxas eram de 8,6% para as mulheres, 5,6% para os homens e 6,9% para a média. O rendimento dos homens (R$ 3.459) foi 28,3% superior ao das mulheres (R$ 2.697) no terceiro trimestre deste ano.

A taxa de desemprego entre pretos e pardos superou a dos brancos, de acordo com a pesquisa. A taxa para a população preta ficou em 7,6% e para a parda, 7,3%. Entre os brancos, o desemprego ficou em apenas 5%.

Na comparação com o trimestre anterior, houve queda nas três cores/raças, já que naquele período, as taxas eram de 8,5% para os pretos, 7,8% para os pardos e 5,5% para os brancos.

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (10,8%) foi maior do que as dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 7,2%, mais do que o dobro da verificada para o nível superior completo (3,2%).

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