Reforma da previdência irá revisar a aposentadoria de militares

O Tesouro Nacional tentava há anos ter acesso à contabilidade das forças armadas, mas devido a resistência do órgão e a falta de instrumentos legais para isso, nunca conseguia. Entretanto agora com a pressão por conta da reforma da previdência, a Casa civil vai criar um grupo de trabalho interministerial para abrir revisar ponto a ponto os benefícios dos militares.

O grupo já esta funcionando informalmente, e os nomes para a formação dessa força-tarefa devem ser indicados em breve segundo apuração de reportagem da revista Época.

Hoje, o Tesouro Nacional divulga quanto foi gasto no ano com esses benefícios, mas o valor futuro não é devidamente apurado, o que vira um problema para o cálculo do déficit da Previdência do setor público. Essa conta é importante para planejar a evolução não só das despesas, e da dívida pública brasileira.

A Previdência dos militares das Forças Armadas é uma das principais polêmicas no debate sobre mudanças nas regras de aposentadoria no Brasil. Os militares pressionam para ficar de fora da reforma, mas o governo prometeu que as regras seriam aplicadas a todos.

As Forças Armadas fazem uma contabilidade paralela, desconsiderando o valor das reservas remuneradas.

Em dezembro do ano passado o Ministério da Fazenda informou que o rombo da categoria era de R$ 34 bilhões. E no mesmo dia do anuncio, o valor foi rebatido pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann, que calculou o déficit em R$ 13 bilhões.

Embora esteja trabalhando informalmente, o grupo revisar esses dados ainda não pode ser formalizado. Ainda dependem da assinatura de outras pastas envolvidas na operação além da Casa Civil.

A conclusão dos trabalhos não terá prazo, mas a determinação do TCU prevê que dentro desses 180 dias os cálculos estejam regularizados.

Em resposta, o Ministério da Defesa disse desconhecer informação sobre resistências a essa auditoria nos números.

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Hackers atacam site do governo argentino e divulgam ofensas a Javier Milei

O site oficial do governo da Argentina foi alvo de um ataque cibernético na noite desta quarta-feira, 25. Durante a invasão, os hackers publicaram ofensas direcionadas ao presidente Javier Milei, além de conteúdos antissemitas.

De acordo com o jornal La Nación, o portal “Mi Argentina” ficou fora do ar por mais de uma hora, impossibilitando o acesso aos serviços disponíveis. A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do país informou que o ataque ocorreu por volta das 21h30.

Entre as ações dos invasores, foram divulgadas músicas com insultos ao presidente, alterações em cabeçalhos e rodapés do site e uma série de stories na conta oficial do governo argentino no Instagram.

Em nota publicada na rede social X, a Secretaria de Inovação afirmou que o episódio reflete a precariedade dos sistemas herdados de administrações anteriores. O órgão também criticou a oposição por não apoiar investimentos em cibersegurança, previstos no decreto de necessidades e urgência proposto por Milei.

A Secretaria declarou ainda que o problema foi resolvido e os sistemas foram restabelecidos.

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