Reforma do Estatuto do Corinthians gera resistência entre conselheiros: Tuma pressionado

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Bastidores: reforma do estatuto do Corinthians tem resistência de conselheiros e Tuma sob pressão

Presidente do Conselho Deliberativo chegou a abandonar reunião ao discutir com integrantes do Cori sobre mudanças no documento

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O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, marcou as datas de votação para conselheiros (24 de novembro) e associados (20 de dezembro) do projeto de reforma do estatuto do clube, em meio a uma enorme pressão.

Muitos conselheiros têm se mostrado contrariados com o que consideram um andamento acelerado do projeto. Eles pedem mais tempo para analisar o anteprojeto, revelado em 27 de outubro, depois de anos de discussões na comissão de reforma do estatuto.

Existem conselheiros que defendem que eles deveriam ter uma participação maior na elaboração do texto, construído na comissão a partir de diversas reuniões e sugestões de diferentes correntes políticas, coletivos e grupos de torcedores.

Essa posição ficou evidente em reunião do Cori (Conselho de Orientação) em 29 de outubro, na qual o conselheiro Felipe Ezabella disse que o “projeto é imprestável”, defendeu um debate “sem pressa” com “todo o Conselho Deliberativo” e ressaltou a necessidade de um parecer do Cori.

Depois de Tuma alegar que o Cori podia propor alterações, mas não revisar o texto, os conselheiros Ademir Benedito e Paulo Pedro saíram em defesa do órgão, o que resultou em uma discussão acalorada.

Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, inicialmente havia decidido que a votação no Conselho seria em 17 de novembro, mas decidiu adiá-la para o dia 24 para dar mais tempo aos conselheiros.

Desde que apresentou o texto do anteprojeto, Tuma vem sendo procurado dia e noite por conselheiros com uma série de reclamações e reivindicações.

Para tentar sanar as dúvidas, dar explicações e diminuir a pressão interna, o presidente do Conselho marcou uma reunião informal com representantes de todos os grupos políticos do Corinthians para o dia 13, no Parque São Jorge.

Além do tempo que consideram curto para deliberação de um projeto tão abrangente, com modificações profundas no estatuto, há muitos conselheiros especialmente incomodados com a decisão de Tuma Júnior de fazer uma votação aberta no dia 24.

O presidente do Conselho Deliberativo tem repetido que não abre mão de que a votação seja aberta e em bloco.

Na visão de uma corrente do Conselho, o voto aberto pode constranger os conselheiros na votação do artigo que dá direito a voto a sócios-torcedores. O item tem conselheiros radicalmente contra e outros radicalmente a favor.

Outra reclamação muito forte no Parque São Jorge é o artigo que proíbe que parentes de conselheiros sejam empregados no clube. Hoje, vários conselheiros têm familiares contratados pelo Corinthians.

A reunião no dia 13 poderá servir para atenuar as tensões, dias antes da votação do Conselho, que não será o último campo de batalha.

Romeu Tuma decidiu que os artigos mais polêmicos, com votações mais apertadas no Conselho, sejam também submetidos para apreciação na assembleia geral de 20 de dezembro, com os associados tendo a palavra final.

No geral, a reforma do estatuto do Corinthians está gerando muitos debates e tensões entre os conselheiros e o presidente do Conselho Deliberativo. Com interesses e opiniões divergentes, o processo de mudança no documento está longe de ter um consenso e ainda promete mais discussões acaloradas nos próximos encontros. A transparência e a abertura do processo de votação são pontos cruciais nessa reforma, que busca modernizar e adequar o estatuto do clube aos novos desafios e realidades do futebol brasileiro. Vamos acompanhar de perto os desdobramentos dessa reforma e como ela pode impactar o futuro do Corinthians.

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