Reforma estatutária proposta pelo Corinthians visa fortalecer participação política e governança

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O Conselho Deliberativo do Corinthians recebeu uma proposta de reforma estatutária que pode alterar de forma significativa a estrutura de participação política do clube. O texto elaborado pelo Departamento de Expansão e Inovação apresenta a criação da categoria ‘Sócio-Investidor’, permitindo ao torcedor votar exclusivamente para presidente e vice-presidentes da diretoria. De acordo com o documento, a medida busca democratizar o acesso aos direitos associativos e ampliar a base de contribuição financeira do clube, inspirado em experiências europeias como a do Bayern de Munique, na Alemanha. A proposta visa aumentar o engajamento dos torcedores e gerar novas fontes de receita.

A proposta do ‘Sócio-Investidor’ foi concebida como um instrumento de fortalecimento financeiro, modernização institucional e ampliação democrática do Corinthians. A iniciativa visa permitir que milhares de torcedores que hoje não possuem nenhuma porta de entrada para participar da vida política do clube possam fazê-lo de maneira transparente, regular e sustentável. Além disso, reforça regras mais rígidas de integridade eleitoral, vedando o pagamento de mensalidades por terceiros e proibindo o uso de promessas de patrocínio como moeda política. O projeto também prevê voto eletrônico com biometria facial para garantir segurança na apuração do pleito.

Há a criação de uma contribuição extraordinária, a ‘joia’, para permitir que novos associados possam votar já nas eleições de 2026. Apesar de transitória, a medida pode gerar debate por vincular o voto a um pagamento adicional. A proposta avança em governança, reforçando controles e modernizando o processo eleitoral. Porém, o aspecto da ‘joia’ para o pleito de 2026 pode gerar discussões entre os conselheiros.

Além disso, a proposta enfatiza a profissionalização interna do clube, aproximando-o de padrões modernos de governança esportiva internacional. A possibilidade de gerar novas receitas recorrentes é vista como uma maneira de melhorar a liquidez e reduzir dependências conjunturais. Segundo Herói Vicente, a iniciativa visa contribuir para o saneamento financeiro do clube, criar uma comunidade nacional de torcedores participantes e ampliar o universo eleitoral de forma responsável. A proposta é estrutural e pensada para o longo prazo, alinhando o clube às melhores práticas de governança observadas em grandes clubes do mundo.

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