Reforma tributária fortalece Zona Franca de Manaus: Senado aprova regulamentação crucial para competitividade econômica regional.

A Zona Franca de Manaus mantém sua competitividade graças à aprovação da regulamentação da reforma tributária no Senado. Com 49 votos a favor e 19 contrários, o texto destaca a importância desse modelo econômico para o desenvolvimento regional.

A proposta, aprovada pelo Senado nesta quinta-feira (12), agora seguirá para votação na Câmara dos Deputados, que terá a palavra final sobre o texto. Essa regulamentação define as regras para a cobrança dos três novos impostos sobre o consumo, que foram estabelecidos pela reforma tributária de 2023.

Após um período de transição entre 2026 e 2033, cinco tributos – ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins – serão unificados. A cobrança será dividida em dois níveis: federal, com a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS); e estadual/municipal, com o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Além disso, haverá o Imposto Seletivo (IS), uma sobretaxa aplicada para desencorajar o consumo de bens e serviços prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

No Senado, o projeto contou com o relatório do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que conseguiu reverter os pontos contrários ao Polo Industrial de Manaus, eliminando as medidas do texto final aprovado pelos senadores. Uma das inovações trazidas pelo texto foi a redução de 50% na tributação de importados para consumo interno na Zona Franca e nas áreas de livre comércio.

Anteriormente, o projeto passou pela Câmara, que incluiu pontos ameaçadores ao modelo Zona Franca. As principais ameaças eram a cobrança de CBS e IBS sobre produtos vendidos no varejo local e a limitação do crédito presumido imposto pelos deputados.

Após o acordo feito com os deputados, fontes da bancada do Amazonas informaram que o texto aprovado no Senado será validado quando a matéria retornar à Casa. Dessa forma, o texto da Reforma Tributária foi aprovado com mudanças significativas para preservar a Zona Franca de Manaus e garantir a continuidade de seu modelo econômico.

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Buscas pelo avião desaparecido PT-JCZ cobrem 840 km² de floresta

As buscas aéreas pelo avião de matrícula PT-JCZ, desaparecido nas proximidades de Manicoré no Amazonas, já cobriram 840 km² de floresta desde o último sábado (21). Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a operação segue concentrada na região, com 11 horas e 42 minutos de voo entre os dias 21 e 23 de dezembro. Ainda não houve avistamento da aeronave. As buscas pelo avião desaparecido, que estão sendo lideradas pela FAB desde sexta (20), contam com o apoio de equipes da Polícia Civil, Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Na terça (24), véspera de Natal, o Governo do Estado informou que enviou uma nova equipe de bombeiros, com cães farejadores, para auxiliar nas buscas.

A missão, que conta com o apoio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), está focada na área ao redor de Manicoré, onde o avião desapareceu. A FAB mantém mobilizados seus recursos para ampliar a área de busca e localizar o avião. O piloto do avião, Rodrigo Boer Machado, de 29 anos, é um dos tripulantes desaparecidos. Natural de Fernandópolis (SP) e residente em São José do Rio Preto (SP), ele viajou ao Amazonas a trabalho, mas não deu detalhes sobre a missão. Enquanto a FAB segue com as buscas, familiares aguardam notícias.

Na sexta-feira (20), dia do desaparecimento do avião, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) informou, em nota, que não havia sido notificado sobre qualquer ocorrência aeronáutica na região. No entanto, na segunda-feira (23), a FAB afirmou que realizou três horas de voo em busca da aeronave. No dia anterior, as operações foram atrasadas pela manhã devido às condições meteorológicas desfavoráveis, mas foram retomadas à tarde, cobrindo mais 550 km² de área sobrevoada. A FAB também confirmou que a aeronave não possuía plano de voo registrado e não foi detectada pelos radares de controle de tráfego aéreo.

O avião desapareceu próximo à comunidade Boca do Rio, a cerca de 7 km da sede de Manicoré, mas a localização exata ainda não foi confirmada devido à dificuldade de acesso na região. Uma moradora relatou à Prefeitura de Manicoré que ouviu um barulho estranho vindo da aeronave que sobrevoava o local e, segundos depois, escutou um forte estrondo. Enquanto as buscas continuam e a angústia dos familiares cresce, a FAB mantém seus esforços para encontrar a aeronave e seus tripulantes. O DECEA e demais instituições seguem empenhados em contribuir com a operação em curso.

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