Reformas Tributárias: causas e efeito

Reformas Tributárias: causas e efeito

Em entrevista ao repórter Breno Magalhães, do Diário do Estado, o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis de Goiás (Sescon-GO), Edson Candido Pinto, falou sobre mudanças propostas na nova Reforma Tributária do governo Bolsonaro.

“O Sescon estão organizados em todo país. Nós temos uma representatividade nas empresas de contabilidade. Nos escritórios de contabilidade, que é quem efetivamente opera a execução da tributação brasileira. As empresas de serviços contábeis prestam assessoria para 98% das empresas brasileiras. Os grandes conglomerados possuem estruturas de contabilidade própria, grandes empresas, grandes bancos. Trabalhando com essa grande base de arrecadação, nós contadores estamos forjados a prestar essa assessoria, diante disto o senador Luiz Carlos do Carmo, nos procurou, além de nós possui uma comissão grande de tributária, de representantes da republica, no sentido de assessoramos para que essa comissão leve a ele as nossas impressões e propostas para o projeto que está tramitando no congresso.”, explica o presidente da Sescon-GO.

Edson Candido explica que o brasil é o país tributário mais complexo e menos completo. “Nós temos tributo em todas as áreas. Nós tributados a produção, como proposta ela eleva a proposta de tributação de serviços de tres mil para doze. Se ela for aprovada hoje exatamente como foi proposta, há muitas arestas que precisam ser ajustadas. Nossa função é assessorar os parlamentares, de levar como sociedade organizada propostas.”, explica o representante da Secon.

 

O presidente da Sescon-GO explica que temos postos cumulados e não cumulativos, taxação sobre folha de pagamentos. O imposto cumulativo são os impostos  que incidem sobre todas as etapas de troca de comercialização. O imposto não cumulativo é quando é pagado somente acima do que teve de lucro.

A proposta de Paulo Guedes traz a Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), a ideia é o imposto que substitua o PIS/Pasep e a Cofins. “A proposta da CBS é de significação, ou seja, nós temos uma série de impostos que são arcados pelas empresas que se juntaram em um só, isso acaba simplificando. Em 2006 quando foi criado Simples Nacional foi um susto muito grande, pegou as pequenas empresas e disse que elas escolheriam um único tributo e ali dentro do Simples Nacional está PIS, Cofins, imposto de renda, contribuição social, numa única guia. O gestor da arrecadação a Receita Federal do Brasil é quem faz a distribuição dividindo entre estados, município e União. A proposta é que com a CBS isso seja feito com as grandes empresas”, explica.

Em relação ao sistema tributário, o presidente da Sescon-GO diz que “Eu acho o sistema tributário brasileiro para pessoa física, para o trabalhador, extremamente perverso. Nós precisamos mudar a concepção de imposto de renda. Imagina um professor que tem que trabalhar três turnos, ganhando três mil reais em cada um. No emprego a ele será tributado no imposto de renda, cobrado os 7,5%, no emprego b o mesmo. No mês de março na declaração de Imposto de renda soma os 7,5% cobrado e passa a 15% ou 18% ou 27%. Esse ano fiz a declaração para professora do ensino básico que no final pagou 12 mil reais. Precisa aliviar a carga tributária sobre o trabalhador, exonerar a folha de pagamento”, fala.

“Essa Reforma Tributária precisa ser aprovada para dar tranquilidade aos governos, presidente, governadores e prefeituras. Para possuir tranquilidade em termos de planejamento. Segundo o momento é de conscientização dos políticos. Não interessa qual lado sou partidário, esse momento é uma discussão de Brasil, não de política. Nisso eu tenho uma reserva que o congresso terá maturidade de discutir com esse desprendimento. Infelizmente o que vemos nas ações das Assembleias, Câmaras é que há um distanciamento da ala a e b em detrimento da população. Se não aproveitarmos essas oportunidades para fazermos medidas pertinentes em termos de legislação tributária para se ter uma tributação justa, que não vá sacrificar o pai de família, quem gera emprego”, destaca o representante da Sescon-GO.

Confira a entrevista na íntegra:

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Isso vai fechar em 0 segundos