Região de Campinas receberá R$ 25,5 mi para combate à dengue; confira repasses por cidade

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Região de Campinas terá repasse de R$ 25,5 milhões do estado para combate à dengue; veja por cidade

Valor corresponde às cidades que fazem parte do Departamento Regional de Saúde (DRS-7) de Campinas. Municípios estão em alerta para explosão de casos por conta da circulação do sorotipo 3.

1 de 1 Mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue — Foto: Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas

Mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue — Foto: Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas

A região de Campinas (SP) vai receber um repasse de R$ 25,5 milhões do estado para que as prefeituras intensifiquem o combate à dengue. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde e corresponde às cidades que fazem parte do Departamento Regional de Saúde (DRS-7) da metrópole. Veja o levantamento por município feito pelo DE.

Os governos municipais mantêm o alerta para uma explosão de casos no início do ano por conta da circulação do sorotipo 3 da dengue. O valor para as cidades da região de Campinas representa 10% do total de R$ 228 milhões que o governo estadual vai repassar aos 645 municípios do estado.

O repasse faz parte do Incentivo à Gestão Municipal (IGM) do Sistema Único de Saúde (SUS) de São Paulo, que é um recurso do Tesouro Estadual para dar suporte às cidades no enfrentamento às arboviroses urbanas.

VALOR POR CIDADE

Águas de Lindóia – R$ 94,5 mil
Amparo – R$ 1,2 milhão
Americana – R$ 365,7 mil
Artur Nogueira – R$ 562,4 mil
Atibaia – R$ 726,8 mil
Bom Jesus dos Perdões – R$ 265 mil
Bragança Paulista – R$ 861,7 mil
Cabreúva – R$ 255,6 mil
Campinas – R$ 6,1 milhões
Campo Limpo Paulista – R$ 432 mil
Cosmópolis – R$ 373,3 mil
Holambra – R$ 78 mil
Hortolândia – R$ 1,1 milhão
Indaiatuba – R$ 1,3 milhão
Itatiba – R$ 621,2 mil
Itupeva – R$ 321,6 mil
Jaguariúna – R$ 299,6 mil
Jarinu – R$ 155,8 mil
Joanópolis – R$ 134,5 mil
Jundiaí – R$ 2,1 milhões
Lindóia – R$ 82 mil
Louveira – R$ 255 mil
Monte Alegre do Sul – R$ 81,8 mil
Monte Mor – R$ 514,2 mil
Morungaba – R$ 69,6 mil
Nazaré Paulista – R$ 188,6 mil
Nova Odessa – R$ 308,5 mil
Paulínia – R$ 572,5 mil
Pedra Bela – R$ 81,6 mil
Pedreira – R$ 244,9 mil
Pinhalzinho – R$ 155,6 mil
Piracaia – R$ 276,1 mil
Santa Bárbara d’Oeste – R$ 976,3 mil
Santo Antônio de Posse – R$ 197,8 mil
Serra Negra – R$ 247,2 mil
Socorro – R$ 416,9 mil
Sumaré – R$ 1,4 milhões
Tuiuti – R$ 82,3 mil
Valinhos – R$ 665,8 mil
Vargem – R$ 108,4 mil
Várzea Paulista – R$ 621,3 mil
Vinhedo – 407,8 mil

CENÁRIO PREOCUPANTE

Em meados de janeiro, o governo paulista anunciou a criação de uma sala de emergência para o monitoramento dos casos de dengue no estado, que nas duas primeiras semanas de 2025 apresentou números piores do que no anterior. Segundo o painel de arboviroses do governo de São Paulo, até o sábado (18/01) o total de casos até era 43.817, contra 29.042 no começo de 2024: um aumento de 51% que preocupa as autoridades.

“O nível de alerta é muito alto, pois tivemos não só uma mudança de quadro epidêmico, mas também um novo sorotipo circulando. Durante todo 2024, a predominância foi do vírus da dengue 1 e 2, e já no final do ano houve a introdução do dengue 3, o que é muito preocupante”, adverte a epidemiologista Regiane de Paula, à frente da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria Estadual de Saúde de SP.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o aumento de casos no Brasil no início do ano foi mais evidente nas últimas semanas de dezembro de 2024, quando o chamado sorotipo DENV3 começou a se espalhar de forma mais significativa, representando 31,8% dos casos no Amapá, 28,7% em São Paulo, 18,2% em Minas Gerais e 9,3% no Paraná.

Esses estados lideram a circulação do DENV3, que tem mostrado um crescimento preocupante em comparação com os outros sorotipos predominantes, como o DENV1 e o DENV2.

COMO ESTÁ A SITUAÇÃO NA REGIÃO?

Amparo foi o único município da área de cobertura do DE que decretou emergência no combate à doença. A cidade tem um óbito confirmado e 414 casos até a publicação.

Em Campinas, há 14 bairros com alto risco de transmissão. Depois de registrar a pior epidemia de dengue da história em 2024, a cidade contabiliza 120 registros em 2025.

Já Mogi Guaçu atingiu, em duas semanas deste ano, 11% do total de casos de dengue de 2024. O aumento fez a prefeitura acender um alerta criar “hospitais sentinelas” para o tratamento.

ORIENTAÇÕES À POPULAÇÃO

A dengue causa febre alta e repentina, dores no corpo, manchas vermelhas na pele, vômito e diarreia, resultando em desidratação. Ao apresentar algum desses sintomas, o morador deve procurar uma das unidades de saúde da cidade para atendimento médico, segundo a Secretaria de Saúde.

Algumas medidas de prevenção são:

Utilize telas de proteção com buracos de, no máximo, 1,5 milímetros nas janelas de casa;
Deixe as portas e janelas fechadas, principalmente nos períodos do nascer e do pôr do sol;
Mantenha o terreno limpo e livre de materiais ou entulhos que possam ser criadouros;
Tampe os tonéis e caixas d’água;
Mantenha as calhas limpas;
Deixe garrafas sempre viradas com a boca para baixo;
Mantenha lixeiras bem tampadas;
Deixe ralos limpos e com aplicação de tela;
Limpe semanalmente ou preencha pratos de vasos de plantas com areia;
Limpe com escova ou bucha os potes de água para animais;
Limpe todos os acessórios de decoração que ficam fora de casa e evite o acúmulo de água em pneus e calhas;
Coloque repelentes elétricos próximos às janelas (o uso é contraindicado para pessoas alérgicas);
Velas ou difusores de essência de citronela também podem ser usados;
Evite produtos de higiene com perfume porque podem atrair insetos;
Retire água acumulada na área de serviço, atrás da máquina de lavar roupa.

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