Rei da América 2024: Botafogo lidera indicados ao prêmio com números impressionantes.

Rei da América: confira números da temporada dos indicados ao prêmio

Botafogo conta com Luiz Henrique, Almada e Savarino na disputa com Léo Fernández, do Peñarol, e Lionel Messi no prêmio de Rei da América

A temporada de 2024 chegou ao fim com o sucesso do Botafogo no futebol das Américas. O Glorioso conquistou o Brasileirão e a Libertadores, colocando três no prêmio de Rei da América.

Dos cinco atletas que estão na disputa, Luiz Henrique, eleito melhor jogador da Libertadores, Savarino e Thiago Almada representam o clube carioca. Além do trio do Botafogo, Lionel Messi, do Inter Miami, e Léo Fernández, do Peñarol, também estão na briga.

NÚMEROS NA TEMPORADA

Luiz Henrique (Botafogo): 55 jogos, 12 gols e 5 assistências. Savarino (Botafogo): 55 jogos, 14 gols e 12 assistências. Thiago Almada (Botafogo): 26 jogos, 3 gols e 2 assistências. Lionel Messi (Inter Miami): 25 jogos, 23 gols e 13 assistências. Léo Fernández (Peñarol): 47 jogos, 22 gols e 17 assistências.

O Rei da América será anunciado no dia 31 de dezembro pelo jornal uruguaio “El País”, organizador do prêmio. Germán Cano, do Fluminense, foi o vencedor da premiação no último ano. Campeão da Libertadores com o Tricolor de Laranjeiras, o argentino foi o artilheiro da competição com 13 gols em 2023.

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Viver a vida de verdade: distinguindo entre existir e viver plenamente | Ano Novo feliz 2025

Trago algumas pistas sobre o que é viver a vida de verdade e o que é uma vida de vivo viver? Viver vivamente é estar presente no exato instante de agora – Sensação estranha. Parece que estive em coma por 20 anos e só agora estou acordando. A frase é do personagem de Kevin Spacey em Beleza Americana, filme do ano 2000. Lester Burnham é um publicitário em crise de meia-idade que se apaixona por uma garota bem mais jovem. Inebriado pelo frescor da juventude, ele sai da letargia de duas décadas de um casamento petrificado. O amor platônico lhe traz a vida de volta.

Uma frase de Oscar Wilde resume bem a diferença entre viver e não viver: “Viver é a coisa mais rara do mundo, e a maioria das pessoas apenas existe”. Ouso decompor a sabedoria do mordaz escritor irlandês: não poucas vezes, numa única vida, há períodos que variam da extrema lassidão ao intenso viver. Não é fácil perceber a vida que se está perdendo no faz de conta que se está vivendo. Uma hora, mais dia menos dia, alguma coisa dentro de nós grita pedindo vida verdadeiramente viva. E a travessia do ano, do passado para o futuro, é um desses momentos em que tomamos consciência de que o tempo escorre como areia nas mãos – afinal, estarei viva ou só me fingindo de viva?

O que será mesmo viver verdadeiramente? Não existe uma única resposta, talvez as respostas sejam tantas quantas somos – 8 bilhões de viventes querendo viver e sem saber se está mesmo vivendo. Viver não é bolinha não, mas é preciso ter cuidado para não ficar complicando demais as perguntas ou as respostas. Corre-se o risco de se perder no emaranhado da razão. E o que é uma vida de vivo viver? Viver vivamente é estar presente no exato instante de agora. É sentir o corpo vivo, é estar plugado no desejo mas também descansar do cansaço de estar sempre querendo alguma coisa. É se conciliar com algumas certezas irrevogáveis: a vida não é justa, ninguém muda ninguém, tudo pode acontecer a qualquer momento.

A vida é um acontecimento ininterrupto, enquanto se está vivo, e a maioria desses aconteceres acontece de modo imperceptível. O grande milagre é estar vivo e nem nos damos conta da grandeza dessa dádiva. O nada é onde se esconde o segredo da vida, naquilo que nos parece mais indecifrável e incontrolável. Há um poder inacreditável no nada, quase parafraseando Guimarães Rosa na primeira palavra do monumental Grande Sertão: Veredas – que, afinal, se dedica à estranheza do viver. É nesse nada, no nada, que se esconde o mistério e de onde, inesperadamente, brotam os sentidos que a gente vai inventando pra fazer de conta que sabe o que é viver e por que a gente vive. Num dos meus mais queridos romances em língua portuguesa, Uma vida em segredo, o mineiro Autran Dourado conta a história de Biela, menina nascida e criada na roça, o Fundão, e que com a morte dos pais é levada para a cidade.

Põem-lhe roupa cheia de frufrus, sapatos apertados, tentam lhe ensinar a usar talher, a prosear com as visitas na sala. Biela até se esforça mas, a certa altura, desiste. Ela não consegue fugir dela mesma e só sendo a si mesma poderá seguir vivendo a vida tal qual aprendeu na fazenda da infância. Cabe a cada um descobrir, se não nasceu sabendo, qual é mesmo o jeito genuíno de viver a própria vida. Não poucas vezes é preciso fazer escolhas que nos custam muito caro, porém mais caro, e insuportável em algum momento, é não viver a verdade da própria vida.

Então, no Ano Novo, talvez o melhor seja te desejar uma vida bem antiga. Feliz 2025.

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