Rei Felipe VI, da Espanha, é hostilizado e atingido por lama em visita a áreas afetadas por enchentes

O Rei Felipe VI da Espanha enfrentou uma recepção hostil durante uma visita a áreas afetadas por enchentes no país. Em uma cena tensa, o monarca foi atingido por lama e enfrentou a ira de vítimas das inundações, que expressaram sua frustração com a resposta do governo à crise.

A visita do rei e de sua esposa Letizia ocorreu neste domingo, 3, e foi marcada por protestos e manifestações de descontentamento. Moradores afetados pelas inundações criticaram a falta de ação eficaz por parte das autoridades para aliviar o sofrimento das vítimas. A hostilidade dos moradores também foi dirigida contra a presença do rei, visto por muitos como um símbolo da ineficiência governamental.

“Essa visita é um exemplo claro da desconexão entre o governo e o povo,” disse um morador, que preferiu não ser identificado. “Nós precisamos de ações concretas, não de visitas simbólicas.”

Em Valência e Paiporta, os moradores reclamaram da lentidão de esforços de socorro. Além disso, os municípios de Chuva, Catarroja, Torrent e Picaña, também foram atingidos pelas enchentes.

A visita do monarca foi acompanhada pelo chefe de governo, Pedro Sanchez. Eles se reuniram com os prefeitos das cidades afetadas e se aproximaram dos habitantes que foram vítimas das inundações, o que aumentou a tensão entre os populares.

Durante a visita, os moradores expressaram suas insatisfações por meio de gritos e cobranças direcionadas à comitiva do rei. “Vocês sabiam muito bem o que ia acontecer”, “assassino”, foram alguns dos comentários.

Já em Chiva, Felipe VI e Letizia tiveram que sair do local escoltado por policiais devido a ameaças de alguns moradores. O monarca, no entanto, conversou com moradores e os ânimos se acalmaram.

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Avião da Embraer pode ter sido abatido por sistema de defesa russo, indicam fontes

O acidente com o avião da Azerbaijan Airlines que deixou 38 mortos na última quarta-feira pode ter sido causado por um sistema de defesa aérea russo, segundo informações obtidas pela agência Reuters. A suspeita foi inicialmente levantada por Andriy Kovalenko, membro da segurança nacional ucraniana, que mencionou imagens mostrando coletes salva-vidas perfurados. Especialistas em aviação e militares corroboraram a análise, e até mesmo a mídia russa considerou a possibilidade de a aeronave ter sido confundida com um drone ucraniano.

Enquanto isso, as autoridades russas e do Cazaquistão pedem cautela. Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, declarou que especulações sobre as causas são prematuras, e o presidente do Senado do Cazaquistão, Mäulen Äşimbaev, reforçou que a investigação está em andamento, garantindo transparência nos resultados.

O avião, que partiu de Baku, capital do Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia, desviou significativamente de sua rota antes de cair no Cazaquistão. A companhia aérea inicialmente sugeriu que o acidente poderia ter sido causado por colisão com aves, mas especialistas descartaram essa hipótese. Serik Mukhtybayev, especialista cazaque, e o brasileiro Lito Sousa destacaram que os danos nos destroços apontam para uma causa externa, possivelmente relacionada a um ataque.

Relatos e análises reforçam a teoria de que o avião foi atingido por um míssil. Um piloto militar francês, sob anonimato, afirmou que os danos na cauda são consistentes com explosões de estilhaços. O blogueiro russo Yuri Podolyaka também mencionou sinais típicos de sistemas antiaéreos.

Dados do site Flightradar24 mostram que o avião enfrentou interferências de GPS antes do acidente, algo já atribuído à Rússia em ocasiões anteriores. A Chechênia, destino final do voo, havia sido alvo de ataques com drones no mesmo período, segundo informações locais.

O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, evitou especular, atribuindo o desvio de rota ao mau tempo. A caixa-preta do avião foi recuperada e será analisada para determinar a causa do acidente. Das 67 pessoas a bordo, 29 sobreviveram, sendo que 11 permanecem em estado grave.

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