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Reinfecção de covid aumenta risco de morte no primeiro mês pós-contágio

Última atualização 17/11/2022 | 07:45

O risco de complicações por covid aumenta a partir do segundo contágio. As chances de problemas de saúde são maiores no primeiro mês após a reinfecção e também nas sequelas temporárias da doença, segundo estudo da revista Nature Medicine. Em diversos estados brasileiros, incluindo Goiás, o número de novos casos e de reinfecção está em alta.

A ciência ainda não sabe explicar exatamente todos os efeitos da covid no corpo nas reinfecções nem como as vacinas impactam nesse processo, considerando que parte da população mundial resiste à imunização total ou parcial.  De acordo com o estudo feito pela Universidade Washington de St. Louis, nos Estados Unidos, com mais de 480 mil pessoas  na faixa dos 60 anos, quanto mais infecções, mais chances de desenvolver sequelas ou morrer.

Para o infectologista Marcelo Daher, a covid é uma doença complexa. A medicina não tem conhecimento de todos os sintomas, as sequelas e processos causadores da infinidade de reações. Apesar disso, ele destaca a relevância da imunização para a população mesmo em meio à descoberta de novas variantes.

“As vacinas diminuem a gravidade da doença porque os anticorpos evitam a entrada de grande quantidade de vírus no organismo porque coíbe uma replicação intensa, consequentemente diminuindo a carga viral e complicações. Os anticorpos gerados pela vacina bloqueiam em parte a ação do vírus. Não evitar totalmente a ação virtual, mas diminuem a replicação do vírus”, explica. 

No Brasil, a identificação da nova variante BQ1 está colocando as autoridades de saúde em alerta. Em Goiás ainda não foram confirmados casos dessa cepa. Os sintomas permanecem os mesmos, como dor de cabeça, tosse, febre, dor de garganta, cansaço, perda de olfato e paladar. 

O grande problema tem sido a infecção por covid mesmo entre vacinados. É que as mutações na proteína spike presente na superfície do coronavírus permite “escapar” do sistema imunológico de quem já tomou as doses da vacina, embora a imunização continue sendo uma das principais estratégias de prevenção e  controle da doença.

“Sabemos que as variantes e subvariantes fogem dos anticorpos formados pela vacinas e pela doença, por isso, dizemos que a proteção da vacina é mais individual porque diminui a gravidade do que para diminuir a infecção ou transmissão. Elas ‘escapam’ dos anticorpos formados”, detalha o infectologista Marcelo

Para o grupo de não vacinados ou com esquema vacinal não atualizado, o risco de novos contágios é maior. A preocupação é que a pesquisa norte-americana revelou que  reinfectados apresentaram o dobro de chances de morte e o triplo de possibilidade de hospitalização em relação aos que foram infectados com covid uma vez. Havia ainda mais chance de problemas com pulmões, coração, sangue, rins, diabetes, saúde mental, ossos e músculos e distúrbios neurológicos.