O Reino Unido registrou a primeira morte por Covid-19 ligada à variante ômicron. A informação foi dada pelo primeiro-ministro Boris Johnson nesta segunda-feira (13). Esse é o primeiro caso conhecido de morte pela ômicron no mundo.
“Infelizmente a ômicron está gerando hospitalizações e, tristemente, pelo menos um paciente morreu com ômicron, confirmado”, afirmou Johnson em uma visita a uma clínica de vacinação em Londres.
Somente no domingo (12), 1.239 novos casos da ômicron foram confirmados no país, elevando o total detectado para 3.317 – 67% a mais que os 1.898 acumulados até o dia anterior. O primeiro caso da variante no Reino Unido foi detectado no dia 27 de novembro.
O premiê anunciou que todos com 18 anos ou mais na Inglaterra poderão receber uma dose de reforço até o fim do ano.
Estudos apontaram que a eficácia da vacina contra infecções sintomáticas é significativamente menor contra o ômicron para quem recebeu duas doses, mas que uma terceira dose de ambas as vacinas usadas no país – Pfizer e Moderna – pode aumentar a proteção para mais de 70%,
O ministro da Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, afirmou que a variante está se espalhando em um ritmo acelerado, algo nunca visto antes.
“As infecções [pela variante] estão dobrando a cada dois ou três dias, isso significa que estamos diante de um maremoto de infecções, estamos novamente numa corrida entre a vacina e o vírus.”
Apesar de os sintomas dessa variantes serem mais leves, o sistema de saúde pode ficar sobrecarregado, afirmou o ministro.
Origem da variante
A variante ômicron – também chamada de B.1.1529 – foi reportada à Organização Mundial de Sáude (OMS) em 24 de novembro de 2021 pela África do Sul.
O primeiro caso confirmado da B.1.1529 foi de uma amostra coletada em 9 de novembro de 2021. De acordo com OMS, a variante apresenta um “grande número de mutações”, algumas preocupantes.