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Reitor da UFG fala sobre volta às aulas e critica Ministério da Educação

Última atualização 29/07/2020 | 18:54

No dia 28 de julho, um novo calendário letivo foi aprovado pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Goiás (UFG), permitindo um retorno gradativo e remoto, das aulas na instituição. O Reitor da UFG, Edward Madureira, concedeu entrevista ao Diário do Estado na tarde desta quarta-feira.

Quando questionado sobre a possibilidade de aulas presenciais, o reitor afirmou ser difícil ter alguma certeza neste momento: “a aprovação de uma vacina, bem como a abertura de novos leitos hospitalares no estado, podem influenciar em um retorno presencial sim, mas a proposta agora é um retorno gradativo, com as atividades à distância.”

No novo calendário acadêmico, as aulas na UFG terão início no dia 31 de agosto, com encerramento em 22 de fevereiro. Sobre a possibilidade de aulas em períodos como o Natal e Ano Novo, Edward destaca que “nessa situação péssima, todos nós já estamos meio que encarcerados. É provável que se tenha pausas nestas datas, mas que pela estranheza da situação, muitos sacrifícios já estão sendo feitos.”

Madureira explicou a dificuldade financeira de muitos alunos: “um em cada quatro alunos, vivem com condições financeiras desfavoráveis. Isso retira a oportunidade de todos estarem inclusos em uma democratização digital. Essa será a próxima maior maneira de exclusão de pessoas: a não participação na revolução digital do mundo. O que ficam de fora, perderão”, destaca.

“Nunca tivemos, nesse um ano e meio, um Ministério da Educação. Infelizmente vou dizer, é um descaso. Importante deixar claro que a universidade é um lugar do aluno ser e pensar o que ele quiser. Não somos divididos entre direita e esquerda. Toda forma de pensamento, religião e filosofia são bem vindas. A universidade está acima de tudo isso”, ressalta o reitor.

Assista a entrevista completa:

 

 

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